segunda-feira, 25 de novembro de 2019

"O NEOLIBERALISMO NASCEU NO CHILE E MORRERÁ NO CHILE", AFIRMA UM LÍDER SECUNDARISTA DA LUTA CONTRA PIÑERA

A insurreição chilena é coisa de muchachos (jovens, moços). Às vezes, quase crianças. 

Os estudantes se rebelam há mais de uma década contra o sistema educativo implantado por Augusto Pinochet e contra a herança da ditadura. Desta vez, conseguiram o apoio de grande parte da sociedade chilena:
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"Nos acostumamos à violência, não temos nada a perder”, diz Víctor Chanfreau, de 17 anos, porta-voz da assembleia de estudantes secundaristas. “O neoliberalismo nasceu no Chile e morrerá no Chile". 
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Nas ruas de Santiago, devastadas após quase cinco semanas de protestos e destroços, as batalhas campais são cotidianas. Os carabineros [polícia militarizada], conhecidos como pacos, e o Exército atuam com uma dureza que beira a brutalidade durante o estado de emergência. Já são 23 os mortos em todo o país. Mais de 200 pessoas perderam os olhos ou sofreram lesões oculares graves porque as forças de segurança não hesitam em disparar balas de efeito moral. 

Mas os jovens continuam se manifestando. Os feridos recebem atendimento médico em centros improvisados. “Têm uma coragem que nós, amedrontados pela experiência da ditadura, não pudemos ter”, afirma Carla Peñaloza, doutora em História e professora da Universidade do Chile.

É preciso conversar com Peñaloza num café, porque o edifício da Universidade foi ocupado pelos estudantes. Trata-se de uma ocupação organizada, e um recepcionista atende, afável, atrás de uma mesa que bloqueia a entrada. Lá fora há uma manifestação de professores. O ambiente parece próprio de uma situação revolucionária. “Tudo isso às vezes cansa e dá medo, mas a normalidade em que vivíamos era falsa; a realidade é o que vivemos agora”, diz a docente.
Pinochet promulgou a Lei Orgânica Constitucional do Ensino, publicada no Diário Oficial em 10 de março de 1990 –mesmo dia em que o ditador cedeu a presidência a Patricio Aylwin. 

Seu último legado foi um sistema educativo que entregava o ensino público aos municípios e favorecia a segregação entre centros para ricos e centros para pobres, além de limitar um gasto estatal que ainda hoje, após várias reformas, continua sendo o mais baixo entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. 

Era uma educação ajustada aos dogmas neoliberais. A universidade privada exige que os estudantes se endividem durante anos ou décadas para pagarem os cursos.

A primeira grande explosão estudantil ocorreu em 2006. Foi a chamada revolução dos pinguins, por causa dos uniformes escolares. Mais de 400 centros fecharam, e 600 mil rapazes participaram das marchas e greves do 30 de maio: foi a grande crise que inaugurou a presidência de Michelle Bachelet, uma antiga vítima da ditadura que acabava de chegar ao palácio de La Moneda. A rebelião dos jovens explodiu de novo em 2008, 2011,2012, 2015 e 2018.

O atual presidente, o conservador Sebastián Piñera, teve uma ideia para acabar com as rebeliões estudantis. Sua lei Sala Segura, aprovada no ano passado pelo Congresso, permitia expulsar os alunos que portassem algum tipo de arma, cometessem algum tipo de agressão ou causassem danos à infraestrutura. 
Na prática, a norma permitia expulsar os que protagonizassem protestos, como a ocupação de uma escola. Com isso, muitos garotos se convenceram de que não deviam esperar nada da presidência ou dos parlamentares. 

O Congresso é hoje uma instituição sem nenhum prestígio entre os jovens contestadores e percebido pela maior parte da sociedade, segundo diversas pesquisas, como quase irrelevante. Muitos deputados atribuem o problema à impossibilidade de acabar com o ajuste constitucional imposto por Pinochet.

O darwinismo social legado pela ditadura, o culto aos âmbitos individual e privado em oposição ao coletivo e público, marcou uma geração. “Nas manifestações dos últimos dias, vivenciei pela primeira vez na vida um sentimento de comunidade”, diz uma jovem escritora nascida quando a ditadura se transformou numa democracia vigiada pelo próprio Pinochet, a partir da chefatura do Exército.
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OPINIÕES DIVERGENTES — A jovem prefere não dar seu nome. É uma cautela frequente. Talvez por uma (justificada) desconfiança em relação à imprensa, talvez pelo medo de expressar opiniões que divergem do sentimento coletivo. 

Um grupo de estudantes que se senta na Avenida Providencia e bloqueia o trânsito ao meio-dia também prefere que seus comentários sejam atribuídos a nós: 
"Nós queremos que este sistema injusto acabe agora, que os repressores paguem e que o Chile deixe de ser propriedade dos cuicos [classe alta e dominante]", diz uma adolescente de uniforme, pouco antes de os carabineros dispersarem o grupo com jatos de água.
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Os estudantes que bloqueiam o trânsito não pertencem a famílias pobres, mas tampouco se sentem parte desse núcleo abstrato que costuma ser resumido em alguns sobrenomes transformados em símbolos (Larraín, Walker, Edwards, Zaldívar) e recitados como uma oração. 

Não há dúvida de que o sistema privilegia os poderosos. Um claro exemplo disso foi o dos empresários Carlos Délano e Carlos Lavín, que no ano passado, após cometerem uma enorme fraude fiscal, foram condenados a uma pena de quatro anos de prisão que o próprio juiz substituiu por uma obrigação de comparecer a aulas de ética. “Os abusos são escandalosos”, diz um executivo espanhol que trabalha para uma empresa chilena.

“Lutamos pela educação, mas também por aposentadorias decentes, por um salário-mínimo digno, pelo direito ao aborto, pelo fim do sistema opressivo”, enumera o porta-voz estudantil Víctor Chanfreau. “Que não nos digam que essas coisas não são assunto nosso, porque são: afetam nossos familiares e nos afetarão no futuro”, diz.

Chanfreau, que foi detido algumas vezes durante os mandatos de Bachelet e Piñera, é neto de Alfonso Chanfreau, um desaparecido na ditadura de 1974. Não recrimina os pais pelo medo de protestarem nas ruas: 
"Eles sofreram a ditadura militar e uma repressão terrível. É normal. Entendo que minha mãe tema por mim”. O importante, segundo ele, é que o medo esteja se transformando em “raiva, alegria, capacidade de organização". 
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“Nós, jovens, não somos os heróis dessa história. Cada pessoa que se mobiliza é heroica”, afirma. (reportagem de Enric González publicada no jornal El País com o título de A revolução dos jovens do Chile contra o pesadelo social herdado de Pinochet).

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Jovens manifestantes chilenos cantando em 2019 "El derecho de vivir en paz",
uma das composições mais populares de Victor Jara, assassinado em público
pela ditadura de Pinocht num estádio de futebol transformado em prisão.

Fonte: Náufrago da Utopia - Por 

Gravado no RN, ‘Bacurau’ é eleito o melhor filme em Festival na Espanha

Bacurau, de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, foi eleito o melhor longa-metragem da 29ª edição do Festival de Cinema Fantástico da Universidade de Málaga (Fancine), que terminou na quinta-feira (21).
Ambientado em um pequeno povoado do sertão brasileiro abandonado pelo poder público, Bacurau levou o prêmio principal, que inclui a quantia de ¤9 mil (cerca de R$ 42 mil), e o prêmio da crítica. O filme tem no elenco Bárbara Colen, Sônia Braga, Thomas Aquino, Wilson Rabelo e Silvero Pereira.
Na categoria de melhor direção, o vencedor foi o americano Richard Stanley, por A Cor que Caiu do Espaço, que também obteve o prêmio de melhores efeitos especiais.
A melhor atriz do Fancine foi a britânica Imogen Poots, pelo trabalho em Vivarium, de Lorcan Finnegan.

PF diz que DEM liderou esquema com maior candidata laranja do país Por Robson Pires

Uma Investigação da Polícia Federal aponta fortes indícios de que verba eleitoral pública do DEM nacional foi desviada por meio da maior candidatura laranja das eleições de 2018.
Uma mulher do Acre que oficialmente concorreu a deputada estadual recebeu R$ 240 mil do Diretório Nacional da sigla, declarou ter contratado 46 pessoas para atividades de mobilização de rua, entre elas dois coordenadores de campanha, além de aluguel de 16 automóveis, confecção de santinhos e contratação de anúncios —recebendo ainda R$ 39.500 em material eleitoral doado.

domingo, 10 de novembro de 2019

Alexandre Frota diz que “Adélio vai virar filme”

Alexandre Frota e Adélio Bispo dos Santos (Montagem)
"Uma das maiores produtoras do Brasil está negociando os direitos autorais. O Nome para viver Adélio está sendo negociado com dois nomes da TV", tuitou Frota.
O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) afirmou na manhã deste domingo pelo Twitter que Adélio Bispo dos Santos, o autor da facada em Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral em 2018, vai virar filme.
“Adélio vai virar filme .Uma das maiores produtoras do Brasil está negociando os direitos autorais .O Nome para viver Adélio está sendo negociado com dois nomes da TV. Em Breve msis informações”, tuitou o deputado.
Adélio vai virar filme .Uma das maiores produtoras do Brasil está negociando os direitos autorais .O Nome para viver Adélio está sendo negociado com dois nomes da TV. Em Breve msis informações.
Veja outros Tweets de Alexandre Frota
Diversas teorias da conspiração criadas pelo próprio Jair Bolsonaro, filhos e aliados buscam ligar Adélio Bispo à tese de que ele teria agido a mando “da esquerda”.
Preso na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), Adélio já reiterou diversas vezes que agiu sozinho e recusou por mais de uma vez fechar acordo de delação premiada por não ter mais nada a dizer além do que ele já falou em dezenas de outros depoimentos.
A última tese conspiratória foi lançada pela revista Crusoé. Porta-voz do lavajatismo, a publicação usou como fonte de uma reportagem com o título sensacionalista de “A testemunha fala – e quer negociar”, o iraniano Farhad Marvizi, que enviou uma carta a Jair Bolsonaro dizendo que Adélio Bispo dos Santos teria recebido uma proposta de R$ 500 mil para matá-lo durante a campanha eleitoral.
O iraniano, no entanto, é tratado pela Polícia Federal como uma pessoa com problemas mentais, que tem o hábito de mandar correspondências para personalidades
Marvizi, que já teria escrito ao apresentador Silvio Santos e ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi condenado a 20 anos de prisão por ordenar um atentado contra um auditor da Receita Federal no Ceará

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Fonte:: Revista Fórum

O NOVO PACOTE DE MALDADES DO PAULO GUEDES CONTÉM PERVERSÃO NEOLIBERAL EMBALADA PARA PRESENTE (DE GREGO!) – 1

Marielle Franco e Rivaldo Barbosa (Montagem)
"Isso aí, é o Rivaldo Barbosa, é ele que levou quatrocentos cruzeiros, chefe", diz Beto Bomba, chefe da milícia de Rio das Pedras, em telefone com o vereador Marcello Sicilliano,
Inquérito da Polícia Federal revela que o delegado Rivaldo Barbosa, que chefiou a Polícia Civil do Rio de Janeiro, teria recebido R$ 400 mil de milicianos para proteger os reais culpados do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e do motorista Anderson Gomes.
Segundo reportagem de Flávio Costa e Vinícius Konchinski, no portal Uol neste domingo (10), Barbosa foi citado pelo miliciano Jorge Alberto Moreth – o Beto Bomba – que, em conversa telefônica com o vereador Marcello Sicilliano (PHS), afirmou que Barbosa recebeu dois pagamentos no valor de R$ 200 mil como propina de milicianos. Segundo ele, o dinheiro teria sido entregue pelo inspetor “Marcos” da Delegacia de Homicídios (DH).
“Mas a DH tá junto na sacanagem, né irmão?”, pergunta Siciliano.
“Tá junto porque levaram duzentos cruzeiros na primeira e depois levaram mais duzentos porque viu que ia babar. Então o malandragem lá, o delegado, botou tudo em você junto com aquele rapaz lá que tá preso [referência ao miliciano Orlando Curicica, falsamente acusado de ser o mandante]”, respondeu Beto, no diálogo gravado em fevereiro deste ano.
Beto Bomba é um dos chefes da milícia de Rio das Pedras, na zona Oeste do Rio, onde o ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz, se escondeu durante as investigações do caso Coaf.
No mesmo diálogo, o miliciano confirma que o mandante do assassinato foi o político Domingos Brazão, que teria pago R$ 500 mil pelas mortes de Marielle e Anderson.
Na conversa, Siciliano pergunta ainda se foi Barbosa ou o delegado Giniton Lages, primeiro responsável pela investigação, que prendeu os ex-PMs Ronnie Lessa e Elcio Queiroz pela execução do crime.
“Mas quem estava na sacanagem era o Rivaldo, né? Ou era o Giniton?”, indaga o vereador.
“Isso aí, é o Rivaldo Barbosa, é ele que levou quatrocentos cruzeiros, chefe. Foi quatrocentos cruzeiro, pô, tô te falando! Na hora que eles viram que ia babar, que o bagulho deu muita repercussão, o troço falhou, o troço ficou cara para caralho! Porque, chefe, quem rodar neste bagulho de Marielle vai para Catanduvas [presídio federal no Paraná] e vai ser esquecido, meu irmão! Porra, tô te falando, papo reto. Entendeu?”, disse.
Vinte e um dias após a PF enviar o relatório ao MP-RJ, Beto Bomba se entregou, no dia 23 de maio. Ele estava foragido por causa de um mandado de prisão no âmbito da Operação Intocáveis, que investiga milicianos de Rio das Pedras.
Procurado pelo UOL, Rivaldo Barbosa negou que tenha recebido a propina. “Não há nada disso”, afirmou Barbosa, ao telefone. “Trabalhei muito na DH [Delegacia de Homicídios] e nunca recebi nada de ninguém”.

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Fonte: REVISTA FÓRUM

A LULA ESTÁ RESERVADO O PAPEL DE FIGURA MAIOR DE UMA OPOSIÇÃO DE FACHADA

david emanuel coelho
LULA SOLTO. O QUE VIRÁ DAQUI PRA FRENTE?
A famosa frase de Romero Jucá é repetida à exaustão, mas sempre faltando um pedaço. Após falar do “grande acordo nacional, com supremo, com tudo”, o caciquezão acrescentou: “que protege o Lula, que protege todo mundo”.

Por óbvio, petistas fingem não existir a última parte da fala. Fazem um processo de releitura histórica, apagando erros, conluios e opções desastrosas. Na história lulopetista, o mundo político não passa de uma novela mexicana onde batalham o bem e o mal, tudo reduzido a um roteiro muito simples: Lula é a mocinha da trama, ingênua e perseguida por vilões malvados que apenas querem fazer o povo não comer três vezes ao dia. 

A soltura de Lula é mais um passo em um processo de acordo de cúpula. Conforme já tinha me referido em artigo anterior, a prisão do ex-presidente já cumpriu seu papel estratégico de favorecer a eleição de um desclassificado e a vitória do neoliberalismo radical. 

Aprovada a mãe de todas as reformas, a previdenciária, sua libertação já era possível. Lula agora pode cumprir o importante papel de neutralizar a oposição de esquerda, enfraquecendo nomes que defendem uma posição econômica menos ortodoxa, cujo exemplo mais claro é Ciro Gomes.
O acordo de cúpula certamente envolveu o STF – na figura de Dias Toffoli e Gilmar Mendes –, as centrais sindicais, os movimentos sociais, o PT e Bolsonaro.  Obviamente, sobre isto não dispomos ainda de um relato explícito, mas existem indícios contundentes. 

Em maio, p. ex., conforme revelou a revista Época, Toffoli entrou em campo para proteger Bolsonaro de uma possível queda. Na época, o presidente vinha sendo sitiado por manifestações estudantis e era pressionado por parte do empresariado, descontente com o andar da economia. Até os caminhoneiros ameaçavam voltar às ruas. 

O presidente do STF costurou um acordo para sustentar o presidente e, a partir dali, virou uma espécie de ministro judicial do governo, pautando ações de interesse do Palácio do Planalto e segurando as que poderiam atrapalhar. Chegou mesmo ao disparate de assinar cartas de intenções apoiando a reforma da Previdência, uma ação absurda, inconstitucional e infringente da separação dos poderes. 

Em seguida, veio um passo maior e decisivo: Toffoli congelou as investigações em torno de Flávio Bolsonaro, conquistando de vez o coração da família presidencial. Isto, inclusive, é uma explicação bem plausível para o fato de o papaizão não ter feito nenhum movimento incisivo para evitar a liberação de Lula

Além de, obviamente, ser ele mesmo e sua família beneficiários da regra de prisão apenas após o fim dos infinitos recursos judiciais, pois são mais que prováveis futuras condenações do clã por seus crimes. 

Do lado lulopetista, o acordo veio na forma preguiçosa de oposição às reformas de Bolsonaro. A CUT, p. ex., praticamente se fingiu de morta durante a tramitação do projeto. Tendo sido forçada a chamar uma greve geral na esteira das manifestações de maio, logo voltou para a toca e lá ficou até o dia da soltura de Lula. 

Mesmo as manifestações estudantis de maio foram logo raleadas por sucessivos boicotes da UNE. E, da parte do MST, a passividade ficou tão patente que nem o tradicional abril vermelho foi realizado neste ano. 

Lula fora tem um valor mais simbólico que concreto. Ele nunca deixou de divulgar seus posicionamentos políticos, mesmo de dentro da cadeia, como provam suas ações na eleição passada. Não enfrentou solitária ou uma prisão rigorosa, como tantos nomes da esquerda brasileira e mundial. 

Obviamente, o cárcere é sempre horrível, mas não se pode deixar de reconhecer que Lula recebeu em Curitiba um tratamento bem menos severo do que a maioria esmagadora das pessoas presas no Brasil, inclusive as condenadas por corrupção. 
Conforme já disse no artigo acima lincado, não acredito que Lula tenha algo diferente para oferecer. Está ancorado no passado. 

Ainda acredita piamente em fazer política como se fazia em 2009, desconhece as mudanças globais na economia e na geopolítica, ignora – ou finge não reconhecer – as mudanças de espírito da burguesia nacional e, sobretudo, desconsidera a extrema fragilidade política e social de seu nome junto às massas populares. 

Pensa poder ganhar eleições e governar simplesmente com o apoio da franja petista da classe média e dos desvalidos que vivem nos grotões brasileiros. Não consegue entender o quanto a desindustrialização, a financeirização e a dissolução neoliberal arruinaram a classe trabalhadora urbana e sua consciência política. 

Sua saída, no entanto, possui o valor simbólico de galvanizar a esquerda institucional em torno dele e impedir a crítica radical e a conformação de um campo político autônomo. A ele está reservado o papel de figura maior de uma oposição de fachada a ser constituída, crítica dos excessos do arrochão do Guedes e denunciadora do bolsonarismo, enquanto nada estará fazendo contra a raiz do processo de destruição neoliberal. 

Para piorar o quadro, deverá insistir na tese de colocar-se a si mesmo enquanto candidato para 2022, anulando por completo a criação de novas lideranças e abrindo margem para a vitória de algum outro aventureiro direitista. Luciano Huck está na fila. 

Em que pesem as arbitrariedades cometidas no processo contra Lula – de resto, frequentes no esdruxulo sistema judicial brasileiro –, a liberdade do ex-presidente acaba sendo muito mais uma conquista pessoal do que coletiva, tendo pouca a oferecer em termos de solução para a grave crise brasileira, a qual se agrava a cada dia e a cada ação tresloucada de Bolsonaro e de seu lunático ministro da Economia. 

(por David Emanuel de Souza Coelho)



"É inocente até que se prove o contrário! Mas convenhamos se compararmos com governos anteriores foi o que fez mais pelo POVO BRASILEIRO! Claro que teve erros, principalmente quando juntou-se com determinadas pessoas, mas isso serviu para descobrir as fraquezas destas pessoas e os derrotou. Uma DIREITA FASCISTA! Que ainda sonha com a VOLTA DA DITADURA! Vamos aguardar os próximos capítulos. O POVO tá de OLHO! Sem julgamentos precipitados. A ordem saiu do STF, de acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal. Eduardo Vasconcelos, blogueiro e radialista.

Moro descumpriu a constituição e desafiou o Supremo ao chamar Lula de criminoso, diz Flávio Dino

Governador do Maranhão, que é também juiz e passou em primeiro lugar no mesmo concurso prestado por Sergio Moro, lembra que a presunção de inocência garante a qualquer réu o direito de ser inocente até o trânsito em julgado

247 – O governador do Maranhão, Flávio Dino, criticou duramente o ministro Sergio Moro por chamar o ex-presidente Lula de "criminoso", numa fala que ignora a presunção de inocência e desafia a decisão recente do Supremo Tribunal Federal, que colocou Lula em liberdade, depois de quase dois anos de prisão política. Confira anaixo o tweet de Dino e a fala de Moro:

Sputinik – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou na tarde deste sábado (9) que não responderá a "ofensas" de "criminosos, presos ou soltos" após ser criticado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-presidente fez um discurso em São Bernardo do Campo e chamou o ex-juiz da Operação Lava Jato de "canalha".

"Eu poderia ter ido a uma embaixada, eu poderia ter ido a um outro país, mas eu tomei a decisão de ir lá. Porque eu preciso provar que o juiz Moro não era juiz, era um canalha que estava me julgando", disse Lula no discurso.

​Logo após a fala de Lula, Moro foi ao Twitter e respondeu ao ex-presidente.

"Aos que me pedem respostas a ofensas, esclareço: não respondo a criminosos, presos ou soltos. Algumas pessoas só merecem ser ignoradas", afirmou Moro.

Lula foi solto nesta sexta-feira (8) após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que disse que as prisões só podem ocorrer após serem esgotados todos os recursos.

O ex-presidente passou 580 dias preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

sábado, 9 de novembro de 2019

O QUE OS BOLSONAROS FIZERAM NO VERÃO PASSADO ? JOICE HASSELMANN DIZ QUE SABE, SERÁ QUE VAI CONTAR ? - "REPETECO"



A deputada federal Joice Hasselmann (PSL/SP) mandou um "recado" à família Bolsonaro: 

'Sei o que fizeram no verão passado'

Contribui para a temperatura em BRASÍLIA aumentar de forma bastante forte.


Mais cedo, Eduardo Bolsonaro publicou essa montagem de uma nota de R$ 3,00 com a foto de Hasselmann.

OPINIÃO

O Brasil está entendendo agora o que é a NOVA POLÍTICA que Bolsonaro e seus apoiadores prometeram praticar.

Com Lula livre e a Constituição respeitada, o Brasil amanhece outro Brasil


(Foto: Ricardo Stuckert)

Hildegard Angel, do Jornalistas pela Democracia, descreve o Brasil após a libertação de Lula: "Um Brasil que não se curva e não se permite ser enganado. Sem medo de contestar mentiras, pronto a reagir até a última gota de sua energia à manipulação sádica, indecente, contínua e covarde da mídia poderosa, do judiciário partidário, dos sanguessugas de pijama, do apetite insaciável do mercado"

Por Hildegard Angel, para o Jornalistas pela Democracia - O Brasil espana sua desolação. Constituição respeitada. Lula livre. Uma aragem de Democracia sopra em nossos rostos abatidos. O Brasil amanhece outro Brasil. Um Brasil que não se curva e não se permite ser enganado. Sem medo de contestar mentiras, pronto a reagir até a última gota de sua energia à manipulação sádica, indecente, contínua e covarde da mídia poderosa, do judiciário partidário, dos sanguessugas de pijama, do apetite insaciável do mercado. 

De início, tontos, intimidados, assistimos ao crescimento dessa ficção vestida de “equilíbrio jornalístico”, que compara alhos a bugalhos, como iguais. Comparar patriotas a milicianos, nacionalistas a extremistas, usar a ingenuidade dos brasileiros crédulos e desinformados como instrumento de seu poder, esses são os fermentos da erva daninha, que agora cobre, oprime e suga a seiva de toda a Nação.

O copo cheio de mágoa derramou o leite. Não temos mídia forte, temos voz. Se nos impedem a fala, usamos a escrita. Se nos rasgam as páginas, navegamos na Internet. Se nos cortam os sinais, vamos de porta em porta, rua em rua, boca em boca. Se, no início desse surto brasileiro, desnorteados e sem saber como reagir, toleramos essa falsa isenção da mídia poderosa, não toleraremos mais. 

Perdemos o medo de desafiar quem tudo pode, e que tanto afrontam nossa Democracia. Eles têm força, nós temos coragem. Eles querem tudo ganhar, nós temos ainda menos a perder. Nossos princípios são a munição que nos fortalece. Não nos permitiremos curvar a tanta desfaçatez em invólucro de imparcialidade. O que nos move não é o culto à personalidade de um líder. É o nosso povo retratado por Portinari, são as vidas secas, as rodas vivas, os bacuraus, Marielles e Zuzus, as Ágathas de hoje e os possíveis Stuarts de amanhã, e que o ontem da tirania nunca mais se repita entre nós.


O Governo Fátima Bezerra na atração dos investimentos industriais - Por EVANDRO BORGES

Dr. EVANDRO BORGES - Advogado

O Governo Fátima Bezerra fez ações que demonstra muita capacidade, primeiramente, a manutenção do diálogo com os servidores públicos, de forma permanente, com todas as categorias, diante os atrasados deixados pelo Governo Robinson Farias, quatro folhas de pagamento, mesmo não conseguindo saldar as dívidas com todos os problemas que trazem para o servidor, mas, dez meses contínuos vem mantendo os pagamentos em dia, com a crise e arrecadação do que é possível consiste em um trabalho grandioso.
 
Outro aspecto foi a isenção nos tributos do querosene dos aviões, bem conduzidos, em perspectivas que de fato aumentou a chegada de aviões em diversos horários no Aeroporto Internacional em São Gonçalo, possibilitando o incremento do turismo receptivo que o Rio Grande do Norte está preparado com uma vasta rede hoteleira e de pousadas, assegurando a empregabilidade em momento de crise, em Natal, Pipa, Gostoso, Touros e em outras localidades.
 
Agora foi a vez em São Paulo no escritório da Confederação Nacional da Indústria a Governadora, senadores e a equipe capitaneada pelo Secretário de Estado Jaime Calado mostrar as potencialidades do Rio Grande do Norte para o investimento e desenvolvimento industrial, denominado “RN invest” inclusive, com apresentação  dos principais mercados potiguar, dando ênfase na mineração, da pesca, energias renováveis, confecções e frutas, contando com a articulação da FIERN através do seu Presidente, Amaro Sales.
 
O secretário de Desenvolvimento Econômico, e ex-Prefeito de São Gonçalo do Amarante explanou sobre a importância de uma política fundada no diálogo, dando ênfase a criação de Câmaras setoriais, a realização de feiras regionais de negócios com periodicidade de três meses e a conectividade com os Municípios, e o Secretário da Tributação, Carlos Eduardo Xavier falou sobre a modernização de incentivos fiscais.
 
Foram apresentados casos de sucesso de empresas situados no Estado, com um painel intitulado “por que investir no Rio Grande do Norte”, a cargo de Luís Barcelos, pela Agrícola Famosa, considerada a maior empresa produtora de melões, Pedro Lima, diretor-presidente do grupo três corações, o Presidente do grupo Coteminas, Marcelo Alecrim do Conselho de Administração da ALE.  
 
Uma iniciativa como esta do Estado do Rio Grande do Norte, aconteceu no passado, somente, no primeiro governo de Garibaldi Filho em outras condições, portanto, a esperança de um governo novo, articulado, com capacidade de diálogo e com iniciativa, com respeito e credibilidade pode alavancar processos de desenvolvimento, contando ainda, com uma série de medidas de ajuste fiscal e austeridade, sem descurar da dignidade humana, com ética, moralidade e trilhando com segurança jurídica. 
 
O que aconteceu em São Paulo na presença de um público de empresários, que foram ao local do evento, detentores de capacidades de investimento, é digno de nota e de se ressaltar, trabalhado com muitas mãos, na reconstrução do Estado, articulando suas potencialidades para os investimentos dentro do contexto potiguar, com o propósito de se buscar crescimento econômico e com justiça social.

Fonte: POTIGUAR NOTÍCIAS