sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Bolsonaro tem força suficiente para dar um golpe?

 

Foto: Brasil 247

Ainda na repercussão das manifestações do último 7 de setembro, em que os seguidores do governo federal saíram às ruas do país para protestar contra as instituições republicanas, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) avaliou qual deverá ser a postura do presidente Jair Bolsonaro daqui em diante. De acordo com o parlamentar, há uma chance real de que o chefe do executivo federal radicalize ainda mais os discursos no que concerne à desestabilização dos três poderes.


No entanto, segundo o ex-ministro, embora tenha a capacidade de mobilizar seus adeptos, o atual presidente não tem “força suficiente” para impor um regime de exceção no Brasil.  “Bolsonaro elevou o tom e projeta mais estresse institucional para o próximo período. Estresse institucional é o novo normal do Brasil. Ele vai radicalizar cada vez mais. Mas não vejo força pra ele alcançar seus desejos autoritários, ele não tem força para impor uma ruptura”, ressaltou.


No que concerne à possibilidade de abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro, Orlando Silva se porta de forma reticente, sobretudo pela influência que o mandatário exerce dentro do Congresso, seja com Arthur Lira, presidente da Câmara, ou Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.


Nesse sentido, o deputado, que atuou durante o período petista no comando da nação, descarta a destituição do presidente a pouco mais de um ano das eleições, o qual se aliou ao centrão, conforme seu pensamento, justamente para garantir seu posto pelo menos até 2022. “Usando a estrutura do governo, Bolsonaro segura a Câmara. Ao menos mantém o número mínimo para impedir o impeachment”, salientou. 

Fonte: Potiguar Notícias

Revolte-se pela vacina! - Por UJS - UNIÃO DA JUVENTUDE SOCIALISTA

 

Organize a sua revolta e conecte-se com ativistas do Brasil inteiro!

O Brasil se encontra diante de uma grande tragédia nacional. A pandemia voltou a crescer, são 300 mil mortos e, diferente do resto do mundo, aqui ela não dá sinais de que vai se recrudescer. A economia vai de mal a pior e Bolsonaro/Guedes insistem numa política de austeridade econômica. O desemprego só aumenta, a inflação dispara nos preços de bens de consumo essenciais à sobrevivência dos mais pobres e o auxílio emergencial demora a voltar.

Vamos virar esse jogo. No dia 30 de março jovens do Brasil inteiro organizarão intervenções em defesa da vida, da democracia e da vacina. Preencha o formulário indicando a cidade em que você pode participar das ações, qual tipo de ação gostaria de ajudar a organizar e conecte-se com uma rede de ativistas espalhados por todo o país!

1º DE MAIO PELA VIDA: DEMOCRACIA, EMPREGO E VACINA PARA TODOS/AS

Vemos todos os dias que os trabalhadores e trabalhadoras, em especial a juventude, têm sido a camada mais exposta à Covid-19 pela necessidade de sair para trabalhar e colocar a comida na mesa. Por irresponsabilidade do presidente da república, o trabalhador brasileiro não tem escolha se não colocar sua saúde em risco já que não há um auxílio emergencial suficiente e contínuo. Ainda por cima, Bolsonaro fez de tudo pra atrasar a chegada da vacina, nossa esperança para vencermos a pandemia.

Por isso, nesse 1° de maio, dia Internacional do trabalhador e da trabalhadora, a União da Juventude Socialista se une à CTB e às demais centrais sindicais e convoca a juventude para se levantar na defesa da vida e do povo trabalhador! Não vamos escolher entre morrer de fome ou de Covid, queremos democracia, emprego e vacina para todos e todas!

Junte se a nós, salve/imprima essa imagem e nos ajude a espalhar essa ideia, compartilhando nas redes sociais e nas ruas da sua cidade!

Fátima anuncia calendário de pagamento de salários atrasados da gestão anterior

 Por: Redação do PN

 
Depois de reunião na tarde da quinta-feira, 9, o Fórum dos Servidores ouviu da governadora Fátima  Bezerra que o pagamento do 13° salário de 2018 de quem recebe acima de R$ 4.500,01 será feito no dia 15 de setembro.
 
Em relação ao salário de dezembro do mesmo ano, quem recebe abaixo desse valor (4.500,01), já teve a divida quitada. Veja como ficou distribuído o calendário divulgado por Fátima Bezerra.
 
A dívida de dezembro de 2018 será pago dessa forma:
 
31 de janeiro de 2022: até R$ 3.500,00
 
 31 de março de 2022: de R$ 3.500,01 até R$ 6.000,00.
 
Maio de 2022: acima de R$ 6.000,01.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Manifestações de apoio a Bolsonaro são registradas em Brasilia, SP e pelo país - Por: REDAÇÃO DO PN

Atos a favor e contra o governo de Jair Bolsonaro acontecem nesta terça, Dia da Independência do Brasil, em todo o país. Os principais protestos devem acontecer e estão acontecendo em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Governos estaduais reforçaram a segurança antes das manifestações. 

Pela manhã, Bolsonaro discursou a apoiadores na Esplanada dos Ministérios. O presidente mais uma vez atacou o STF e os ministros, mas de forma vaga. Após discurso do presidente Jair Bolsonaro, muitos decidiram ir embora. Os caminhoneiros permanecem em frente ao Palácio do Itamaraty. A PM mantém uma barreira para impedir a chegada até o STF.

Muitos integrantes do ato criticaram a PM por impedir o acesso ao Supremo. Mais cedo, alguns tentaram furar a barreira, sem sucesso. No começo da tarde o clima estava tranquilo e com a maior parte do público já dispersada.

Bolsonaro prometeu ir à manifestação na Avenida Paulista no final da tarde. Em todo o país manifestações, em maior ou menos escala estão sendo realizadas. 

Fonte: Potiguar Notícias

Bolsonaro fracassa! Nada de Golpe! Nada de nada! Queda à vista! 7/9: o pobre exército de frustrados

 

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Na iminência de ter ações contra Lula anuladas, Moro posta mensagem em apoio à Lava Jato - Por Ivan Longo

Foto: Lula Marques / AGPT

Ex-juiz já não tem mais o apoio de outrora e tentativa de recuperar credibilidade não vem surtindo efeito.

No final da noite deste sábado (20) o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro resolveu ir às redes sociais para prestar apoio à Lava Jato, operação pela qual se forjou como “herói” no suposto combate à corrupção e na prisão do ex-presidente Lula.

O ex-magistrado de Curitiba, que hoje vive nos Estados Unidos, postou a foto de uma faixa de apoiadores da Lava Jato na capital paranaense. “Manifestação de apoio à Operação Lava Jato em Curitiba”, escreveu Moro na legenda.

A postagem de Moro vem em meio a novas vitórias de Lula no Supremo Tribunal Federal (STF), que recentemente decidiu permitir o compartilhamento de dados da Operação Spoofing com a defesa do petista. Nos dados estão contidas mensagens, entre elas aquelas reveladas pela série jornalística Vaza Jato, que mostram uma articulação supostamente ilegal entre o ex-juiz, procuradores da operação para tirar Lula da eleição de 2018 e levá-lo à cadeia.

Fonte: REVISTA FÓRUM

UM DESABAFO DO DALTON ROSADO: PERGUNTAS QUE TODOS DEVERÍAMOS ESTAR FAZENDO À ESQUERDA ADESTRADA.- Daltonosado

 

Cabe a nós, os anticapitalistas, administrarmos a crise do capitalismo?

Será que alguém do nosso campo ainda tem dúvidas quanto à impossibilidade de o capitalismo se recuperar de suas contradições internas usando as próprias receitas e insistindo no cumprimento das regras constitucionais que as impõem?

Será que, conservando-se dentro das premissas pré-estabelecidas, um modo de produção social insano, segregacionista, utilitário e oportunista, que não leva em conta os danos ecológicos, vai conseguir resolver os problemas sociais e do aquecimento global?

Será que o combate ao negacionismo obtuso pode ter êxito sem questionar as regras de comportamento social que impõem a negação do óbvio ululante?

Será que já não caiu para todos nós a ficha de que é impossível, e isto foi historicamente comprovado, termos algum dia maioria parlamentar capaz de legislar contrariando os interesses do capital? 

Será que é tão difícil assim compreendermos que, ao aceitarmos o jogo previamente definido do processo eleitoral, dominado pelo poder econômico, principalmente nos grotões do Brasil profundo, seremos sempre derrotados?

Será que vamos mesmo estar negando o jogo político da institucionalidade capitalista (poderes instituídos pelo republicanismo burguês) se dele continuarmos participando sempre minoritariamente e legitimando-o a partir do juramento de cumprimento, no que eles têm de fundamental, dos seus cânones constitucionais segregacionistas?

Será que nos é possível negarmos ou transformarmos conceitualmente a instituição da qual fazemos parte enquanto estivermos sujeitos à pena de sermos dela excluídos por quebra do decoro parlamentar ou jurisdicional?    

Será que nunca nos vamos compenetrar de que a causa do descrédito dos governantes de direita é a mesma que nos atinge quando governamos dentro das regras constitucionais capitalistas, e que se traduz no movimento pendular eleitoral cíclico entre direita e esquerda governamentais, ambas presas aos mesmos parâmetros, ainda que com sensibilidades diferenciadas?

Será que devemos pugnar pela retomada do desenvolvimento capitalista, como têm feito todas as correntes da esquerda institucional, de olho no dinheiro dos impostos que sustenta o Estado opressor, e nas migalhas que o poder oferece, e priorizando sempre sua sobrevivência, sem desconfiar de que vivemos um momento de saturação político-econômica e de que precisamos de outra lavagem de roupa? 

Será que é correto aceitarmos o poder político vertical do Estado?

Será que não podemos entender que o atual processo de emissão de moeda sem lastro, meramente fiduciária, é uma forma de controle estatal muito mais despótico do que qualquer outro já havido na trajetória da humanidade, como se fôssemos escravos da pós-modernidade e nos tivéssemos de contentar com cotas de ração?

Será que vamos, durante muito tempo ainda, continuar passando batidos pela obviedade de que o blablablá sobre o imperativo da observância da (há muito ineficaz) responsabilidade fiscal somente serve para negar o atendimento às demandas sociais, com os parcos recursos da receita estatal sendo direcionados para o pagamento dos juros da dívida pública e financiamento das estruturas do poder institucional?

Será que vamos igualmente continuar míopes para o fenômeno da falência do Estado como consequência do colapso do modelo econômico social, esquivando-nos, tanto quanto os políticos atrelados à estrutura institucional do Estado, ao dever de representarmos a antítese da irracionalidade truculenta e primária de governantes despreparados para a administração da falência sistêmica (os quais desejam permanecer no poder decrépito pela força e com bravatas de soluções fáceis), já que nós mesmos estaremos atuando politicamente sob as mesmas bases funcionais político-econômico-sociais?

Será que devemos nos colocar a reboque dos políticos de direta nos esforços para a permanência das mesmas categorias capitalistas (trabalho abstrato inexistente; valor e dinheiro sem valor econômico válido; produção de mercadorias sem mercado; mercado depressivo; Estado falido; disputa política dentro da falência política representativa, etc.)?

Será que a a posição coerente no nosso caso é a de dizer amém, e não criticar, a essência dos cânones jurídicos constitucionais e ordinários, como se o Direito instituído (e que se constitui como anti-Direito natural) fosse a representação legítima da vontade popular e não uma consequência da manipulação da dita cuja por parte do poder econômico?

Será que nos cabe reproduzir (e delas participar) as obsessões de políticos de esquerda e de direita que, mesmo diante da maior crise econômica e sanitária do pós-guerra, somente pensam nas eleições de 2022?

Será que ainda não percebemos que os políticos de ultradireita, com suas proposições desumanas e autoritárias, embora sendo bem mais perigosos do que aquelas raposas felpudas da política acostumadas à diplomacia de salão e ao convívio parlamentar educado e hipócrita, representam espécies de um mesmo gênero? 

Talvez alguns leitores considerem que os meus questionamentos sejam sectários; corro tal risco conscientemente. 

E termino perguntando: será que colocar o espelho para que vejamos a face de nossa própria irracionalidade, que tantos males causam secularmente à humanidade, não deve ser considerado como autocrítica necessária? (por Dalton Rosado)

Postado por celsolungaretti 

A longa noite de uma nação chamada Esculhambaquistão - Por Wellington Duarte

Prof. da UFRN - Wellington Duarte

Pindorama, a terra das palmeiras, local mítico dos povos tupis-guaranis, que seria uma terra livre dos males, foi conspurcada pela chegada dos selvagens vindos da península Ibérica e que trouxeram a civilização cristã e mais um monte de milacrias e que resultou, seiscentos e oitos anos depois, resultou numa nova invasão, desta feita através de uma coisa chamada eleição, feita sob o reino das Fake News, e que elegeu para a presidência um outro selvagem: o mandrião do Planalto.

Até poucas horas atrás, 243.457 brasileiros tinham perecido, abatidos pela COVID-19 e certamente, conforme atestam todos os documentos e posicionamentos públicos destes governantes, assassinados pela sabotagem escancarada do governo central, que fede a genocídio. De março para cá, mais de VINTE E DOIS MIL morreram a cada mês, e mais de NOVECENTOS MIL foram contaminados a cada mês.

O país, que está como um bêbado no que se refere à vacinação, é um chafurdo completo, com as instituições cada vez mais desmoralizadas pelos agentes públicos, a maioria eleitos pelo povo, e que estão sendo, de novo, atacada pelos selvagens de 2018. Um governo central completamente errático, com um presidente mandrião, cuja única ação visível e uma “live” grotesca das quintas-feiras; que tem um ministro da Economia que simplesmente está aguardando o país sucumbir, para que ele possa vender todo o patrimônio público.

A cada dia que passa o chafurdo vira banzé, barafunda, assuada, azáfama ou qualquer outro substantivo que melhor represente essa esculhambação com consequências macabras. Nessa semana foi a vez dos combustíveis, que estão com reajustes quase semanais, não por causa dos impostos, e sim pela política da Petrobrás de alinhar preços ao mercado internacional de petróleo, e que muitos, inclusive gente de boa índole, acabaram endossando o discurso mequetrefe do mandrião, que ameaçou “zerar os impostos”, ou seja, Bolsonaro, mentiroso contumaz, joga a responsabilidade destes e dos próximos reajustes, que certamente virão, nas costas dos governadores e escamoteia que sua “bela” proposta atinge a sociedade sem mexer nos lucros das distribuidoras e dos produtores de álcool e muito menos dos que recebem os dividendos gerados pelas vendas da empresa, que já foi estatal.

O parlamento, que hoje se ocupa em julgar um safardana fascista, e que promete chafurdar a vida de 11 milhões de servidores públicos ao ameaçar concretamente em reduzir os seus salários em até 25%, se a situação fiscal assim exigir, coloca a guilhotina na cabeça destes braZileiros, agora colocados como bodes expiatórios das mazelas produzidas pela incompetência dessa equipe econômica, que sinceramente beira ao ridículo.

Espertamente o mandrião mistura tudo e joga para cima, pois já afirmou, em diversas ocasiões, que não tem capacidade de governar e sim de enchafurdar, adora a confusão e que, no seu delírio de poder, quer é o país entre em “parafuso político” e que os milhões que se encontram na miséria olhem para ele e no seu desespero, o escolham como o “salvador”, ou seja, Bolsonaro, responsável direto por ter jogado esses milhões de volta à pobreza e à miséria, os “salvará”.

Diante desse quadro bizarro, um colega me perguntou onde ficava Pindorama, pois ele queria fugir da República do Bolsonaristão ou, como já se fala lá fora, Esculhambaquistão. 

Prá Frente BraZil!

Fonte: Potiguar Notícias

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Foram 14 dias de isolamento: LULA TESTOU POSITIVO PARA COVID E TEVE QUE FAZER QUARENTENA EM CUBA - Em Cuba com covid-19, Lula ficou de quarentena e não pôde filmar documentário de Oliver Stone

 Publicado por Diário do Centro do Mundo

Lula e Fernando Morais. Foto: Ricardo Stuckert

Publicado originalmente no site de Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou nesta quarta-feira (20) ao Brasil após 30 dias de viagem a Cuba. Lula estava na ilha desde 21 de dezembro, para participar do início das gravações de um documentário sobre a América Latina, produzido e dirigido pelo cineasta norte-americano Oliver Stone.

Seguindo as recomendações da OMS para viagens internacionais, o ex-presidente, sua mulher Janja, e os sete integrantes de sua comitiva foram submetidos a exames de diagnóstico da Covid19 no Brasil, antes de viajar, e na data da chegada a Cuba, em 21 de dezembro.

O teste de RT-PCR, obedecendo os protocolos cubanos para detectar infecções trazidas de outros países, foi repetido dia 26 de dezembro. Estes exames apontaram positivo para a Covid19 do ex-presidente e de outros membros da equipe, confirmando serem casos importados através da investigação epidemiológica.

Todos os nove membros da comitiva, exceto a jornalista Nicole Briones, tiveram diagnóstico positivo ao longo do monitoramento com RT-PCR. Todos permaneceram em isolamento sob vigilância sanitária, de acordo com diagnóstico, respeitando os protocolos do sistema de saúde cubano.

Por estar fora do Brasil, o ex-presidente Lula decidiu comunicar a doença apenas na chegada ao país, para preservar sua família e dos demais infectados.

O médico infectologista, ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha foi comunicado desde o início e acompanhou toda a evolução da doença, em contato direto e diário com os médicos cubanos, que prestaram assistência diuturnamente à toda delegação.

O ex-presidente não necessitou de internação hospitalar, assim como os demais membros da equipe, exceto o escritor Fernando Morais, que permaneceu sob cuidados hospitalares pelo período de 14 dias, por complicações pulmonares.

Ao longo do acompanhamento, o ex-presidente foi diagnosticado em tomografia computadorizada com lesões pulmonares compatíveis com broncopneumonia associada à Covid19, apresentando excelente recuperação.

“Eu e toda minha equipe somos agradecidos à dedicação dos profissionais de saúde e do sistema de saúde pública cubano que estiveram conosco no cuidado diário. Agradeço ao governo de Cuba e a todos que estiveram conosco, de coração. Jamais esqueceremos a solidariedade cubana e o compromisso com a ciência de seus profissionais. Sentimos na pele a importância de um sistema público de saúde que adota um protocolo unificado, inspirado na ciência e nas diretrizes da OMS. E quero estender as minhas saudações a todos os profissionais de saúde que se esforçam para fazer o mesmo aqui no Brasil, apesar da irresponsabilidade do presidente da República e do ministro da Saúde”.

O ex-presidente Lula volta de Cuba com uma única certeza: somente a vacinação da humanidade pode livrá-la do coronavírus. Basta a ignorância contra a vacina.

“Estou preparado pra tomar a vacina, assim que tivermos vacina para todos. Sigo esperando minha vez na fila, com o braço à disposição para tomar assim que puder. E enquanto todos não se vacinam, vou continuar com máscara, evitando aglomerações e passando muito álcool gel”, disse Lula.

“Parabéns a todos que trabalham no sistema de saúde brasileiro, que estão cuidando com muito sacrifício do nosso povo. E a todos os pesquisadores dos institutos Butantan e Fiocruz, que trabalharam no desenvolvimento destas vacinas. Elas representam nossa única saída nessa pandemia que vitimou milhares de brasileiros”.

Documentário

Diante das circunstâncias, as filmagens do documentário foram suspensas em consenso com o cineasta Oliver Stone e as gravações adiadas para uma data futura, quando as condições sanitárias permitam.

Na ilha, Lula decidiu cancelar suas atividades e, após a alta epidemiológica, ao fim da viagem, se reuniu apenas com o presidente cubano Miguel Díaz-Canel, o 1º secretário do Partido Comunista de Cuba, Raul Castro, o primeiro ministro de Cuba, Manuel Marrero, e com o chanceler Bruno Rodriguez.

Fonte: Diário do Centro do Mundo - DCM

Brasil tenta destravar vinda de ingrediente chinês para vacinas

O atraso na importação de ingredientes produzidos na China e essenciais para a distribuição no Brasil das duas vacinas já aprovadas no país – a Coronavac e a de Oxford/AstraZeneca – ameaça a continuidade do programa de imunização e mobilizou autoridades brasileiras de diferentes níveis para tentar resolver o impasse, ainda sem solução à vista.

Estão parados na China, aguardando a liberação de Pequim, carregamentos do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da Coronavac, usado pelo Instituto Butantan para elaborar o imunizante em São Paulo, e o da vacina de Oxford/AstraZeneca, que será processada e distribuída pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro.
 
O Butantan já zerou seu estoque para produzir novas doses, e devido ao atraso a Fiocruz adiou de 8 de fevereiro para março a entrega inicial do seu imunizante. A situação ficou mais dramática após o fracasso do governo brasileiro em tentar importar 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford/AstraZeneca feitas na Índia.
 
Fontes diplomáticas ouvidas pelo site G1 e pelos jornais O Globo e Folha de S.Paulo afirmam que o atraso envolve questões burocráticas e diplomáticas e que a relação do governo de Jair Bolsonaro com Pequim está desgastada devido a inúmeros ataques do presidente e de seu entorno ao país asiático. Se o problema não for solucionado, a aplicação de vacinas no Brasil pode ter que ser interrompida em fevereiro por falta de doses.
 
Na quarta-feira (20/01) de manhã, Bolsonaro cobrou de ministros que buscassem uma solução para o caso. Depois, participaram de uma videoconferência com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, os ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, da Agricultura, Tereza Cristina, e das Comunicações, Fábio Faria. Bolsonaro também solicitou uma conversa telefônica com o presidente da China, Xi Jinping, ainda sem data para ocorrer.
 
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, está afastado da interlocução com os chineses, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. O chanceler já se referiu ao coronavírus como "comunavírus" e saiu em defesa do filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), quando ele insinuou que o governo chinês usaria a tecnologia 5G da empresa Huawei para promover "espionagem" no país – o leilão do 5G no Brasil ainda não ocorreu e é de grande interesse para Pequim.
 
Também entraram no circuito para liberar a exportação dos IFAs para o Brasil o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que conversou com o embaixador chinês na quarta-feira, e o governador de São Paulo, João Doria, que mobilizou o escritório do governo paulista em Xangai para atuar no caso.
 
Embaixada da China diz buscar solução
Após a reunião com os ministros Pazuello, Cristina e Faria, a embaixada chinesa no Brasil publicou mensagem em rede social afirmando que "a China continuará unida ao Brasil no combate à pandemia para superar em conjunto os desafios colocados pela pandemia". Não foram divulgados detalhes da conversa.
 
Maia, que dialogou com Wanming separadamente, afirmou que o embaixador chinês disse que o atraso no envio do IFA ao Brasil decorria de obstáculos técnicos e não políticos. "Ele disse que trabalha junto ao governo chinês para que a gente possa acelerar – a exportação no nosso caso – desses insumos para que possamos restabelecer logo a produção", afirmou o presidente da Câmara.
 
Já o governador de São Paulo, João Doria, disse, na quarta-feira, que o "mal-estar claro do governo chinês com o governo brasileiro" estava contribuindo para o atraso no envio do IFA. Segundo o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, a única autorização que falta para a exportação do ingrediente da Coronavac é a do Ministro das Relações Exteriores da China.
 
Após as manifestações de Maia e Doria sobre o caso, o Palácio do Planalto afirmou em nota que o governo federal "é o único interlocutor oficial com o governo chinês".
 
O Butantan aguara a liberação de um lote de 5,4 mil litros do insumo, que seriam suficientes para produzir cerca de 5 milhões de doses da Coronavac. Já a AstraZeneca espera começar a receber duas remessas mensais do IFA, que seriam suficientes para produzir 3,5 milhões de doses por semana.
 
Araújo nega problema político
Enquanto os ministros do governo se reuninam com o embaixador da China, o chanceler Araújo participou de reunião virtual com deputados da comissão externa da Câmara que avalia o combate à pandemia e negou que as dificuldades para importar doses da vacinas e o IFA sejam consequência de problemas políticos ou diplomáticos.
 
"Nós não identificamos nenhum problema de natureza política em relação ao fornecimento desses insumos provenientes da China. (...) Nem nós do Itamaraty, aqui de Brasília, nem a nossa embaixada em Pequim nem outras áreas do governo identificaram problemas de natureza política e diplomática", afirmou.
 
Para o chefe do Itamaraty, os atrasos se devem à demanda alta pelos insumos em todo o mundo neste momento. Ele não deu prazos para resolver a questão e apenas disse que o tema "está bem encaminhado" e que ele conduz pessoalmente as conversas com autoridades da Índia. Araújo afirmou que o país asiático é imenso e também está em campanha de vacinação, o que tornava o tema "sensível".
 
Doses prontas da Índia
A frustração do plano do governo federal de trazer 2 milhões de doses prontas da Índia está ligada não só à prioridade de Nova Déli para vacinar sua população, mas também a uma decisão tomada por Brasília em outubro do ano passado de não apoiar o país asiático em seu pedido de suspensão temporária das patentes de suprimentos e vacinas para o combate à covid-19, feito à Organização Mundial de Comércio (OMC), segundo informou o site G1.
 
O Brasil foi contra a quebra de patentes e se alinhou aos Estados Unidos, à União Europeia e ao Japão, enfraquecendo a posição da Índia na OMC, o que provocou esfriamento da relação diplomática entre os dois países. O governo da Índia começará a exportar nesta quarta doses prontas da vacina para alguns países, mas o Brasilnão está na lista.
 
Há também irritação na Índia com a publicidade dada pelo governo Bolsonaro à sua tentativa de comprar vacinas do país antes que o negócio tivesse sido fechado, o que envolveu até o adesivamento do avião que sairia do Brasil para buscar imunizantes.
 
No caso da China, o país sofreu diversos ataques de integrantes do governo Bolsonaro desde o início da atual gestão. O próprio presidente afirmou, em outubro, que não compraria a Coronavac. Seu filho Eduardo faz provocações frequentes à China, culpou o país pela pandemia e insistiu que o uso de tecnologia chinesa na rede 5G no Brasil favoreceria a "espionagem" pelo país asiático. Abraham Weintraub, quando era ministro da Educação, disse que via alta probabilidade de novas pandemias começarem na China, pois os habitantes do país comiam "tudo o que o sol ilumina", e ridicularizou o sotaque dos chineses que falam português e trocam as letras R por L.

Fonte: Potiguar Notícias

A exclusão de indígenas do plano de vacinação

Ao reduzir a vacinação prioritária apenas ao que definiu arbitrariamente como “indígenas aldeados”, o governo federal exclui grande parte da população indígena do acesso à saúde pública.

Ao anunciar o início do plano de vacinação da população brasileira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, referiu-se apenas aos “indígenas aldeados”, que seriam 410.348 pessoas, segundo ele. O termo usado pelo ministro para definir quais os indígenas que tem direito à imunização prioritária nos remete ao período da ditadura militar e representa uma discriminação.

Excluir grupos indígenas do acesso à política de saúde pública é um contrassenso político e humanitário. O censo de 2010 indica a existência de quase 900 mil indígenas no Brasil; o Plano Nacional de Vacinação precisa reconhecer o total desse grupo prioritário e alcançá-lo, em sua totalidade.

Ao reduzir a vacinação prioritária apenas ao que definiu arbitrariamente como “indígenas aldeados”, o governo federal exclui grande parte da população indígena do acesso à saúde pública

Nota do CIMI:

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) vem se solidarizar com a população de Manaus/AM neste momento de agravamento da pandemia do coronavírus no Brasil, levando centenas de manauaras à morte por asfixia devido à falta de oxigênio hospitalar. Este fato trágico retrata a irresponsabilidade das autoridades no âmbito do município, do estado e do governo federal no trato da pandemia, ampliando uma asfixia nacional dos poderes institucionais.

Preocupa-nos também o fato de a região Norte, com seus sete estados, concentrar a maior parte da população indígena do Brasil. O estado do Amazonas e sua capital Manaus têm grande representação de povos indígenas e são os lugares onde se concentra a maioria das mortes por covid-19. Hoje, segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – Apib, 923 indígenas já perderam suas vidas em função da covid, sendo que, no estado do Amazonas, o número de óbitos chega a 216, ou seja, quase um quarto de todas as mortes.

Em 2020, o movimento indígena e indigenista, os movimentos sociais, boa parte da sociedade nacional e internacional denunciaram e clamaram para que o governo federal tomasse as medidas necessárias, tendo em vista a gravidade do contágio e do alastramento da pandemia junto aos povos indígenas nas aldeias e nas moradias em área urbana. Essa mobilização provocou o poder Legislativo, que aprovou o Projeto de Lei (PL) 1142 e, posteriormente, derrubou os 16 vetos presidenciais impostos por Jair Bolsonaro. Com a derrubada dos vetos, o PL 1142 se transformou na Lei 14021 – que, apesar de estar em vigor, durante todo o ano de 2020 não foi aplicada pelo governo federal junto às populações indígenas.

Também no Supremo Tribunal Federal (STF) foi proposta uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), que foi deferida pelo pleno da Suprema Corte em agosto de 2020, mas também não foi efetivada pelo governo federal, descumprindo a decisão do STF. Todas essas decisões e medidas tinham caráter emergencial em função do agravamento do contágio e de mortes por covid-19 junto à população indígena e às populações tradicionais no Brasil.

Somente em novembro de 2020 o governo federal apresentou ao STF, cumprindo sua determinação, um Plano de Enfrentamento da Covid-19 para Povos Indígenas, através do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Neste plano, foram elencadas as providências que seriam tomadas nos territórios indígenas com propostas da APIB, Fiocruz, CNDH e CNJ, contemplando 410.348 indígenas. O plano, contudo, deixou de fora os indígenas que vivem nos centros urbanos, os quais, segundo dados do Censo do IBGE de 2010, são cerca de 46% da população indígena no Brasil.

Ao anunciar o início do plano de vacinação da população brasileira no dia 14 de janeiro, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello, sobre os grupos prioritários, referiu-se apenas aos indígenas aldeados, que representam 410.348 pessoas, segundo o ministro. O termo usado pelo ministro, “indígenas aldeados”, nos remete ao período da ditadura militar e representa uma discriminação, onde o governo pretende definir, de forma arbitrária, quem é e quem não é índio, estabelecendo assim um conflito com a Constituição Federal, com os marcos legais nacionais e internacionais e com o movimento indígena.

Nessa situação grave de pandemia sanitária, excluir grupos indígenas do acesso à política de saúde pública é um contrassenso político e humanitário. É importante salientar que vários grupos indígenas que estão nos centros urbanos têm como um dos motivos para estarem nestes locais a expulsão dos seus territórios por invasores, portanto, um ato de violência, que não justifica sua exclusão. O fato do indígena estar fora da aldeia não faz com que ele deixe de ser indígena.

O censo populacional de 2010 indica a existência de quase 900 mil indígenas no Brasil; o Plano Nacional de Vacinação, portanto, precisa reconhecer o total desse grupo prioritário e alcançá-lo em sua totalidade

É também necessária a reflexão e a crítica à postura genocida do atual governo, que vem desestruturando toda a política indigenista com o argumento de que não existem povos indígenas no Brasil e, se existem, estes devem ser integrados à sociedade. Esta fala e atos têm como exemplo maléfico a paralisação de todo o processo de regularização dos territórios indígenas e a sua proteção, motivando o aumento das invasões, perseguição e violência contra as lideranças.

Aliás, convém ressaltar que esta postura foi antecipada pelo então candidato à presidência da república, Jair Bolsonaro, ao afirmar que “nenhum centímetro de terra indígena seria demarcado”, caso fosse eleito. E isso está sendo concretizado. A Fundação Nacional do Índio (Funai), como órgão indigenista oficial, foi totalmente descaracterizada, entregue aos interesses dos ruralistas, e passou a fazer uma política anti-indígena. A este contexto, soma-se ainda a saída dos profissionais cubanos do programa Mais Médicos, que foi desencadeada pelo discurso de ódio de Bolsonaro e gerou graves consequências para o atendimento de saúde junto à população indígena.

Estes fatos contribuíram para o agravamento da pandemia nos territórios e a total insegurança, fazendo com que os indígenas buscassem no poder judiciário a manutenção dos seus direitos que, apesar de garantidos pela Constituição Federal, sempre estão ameaçados.

A asfixia a que hoje está submetida a população de Manaus é uma triste realidade da situação política, social e econômica do país, governado por pessoas despreparadas e mal intencionadas

Salientamos que o censo populacional de 2010 indica a existência de quase 900 mil indígenas no Brasil; o Plano Nacional de Vacinação, portanto, precisa reconhecer o total desse grupo prioritário e alcançá-lo, em sua totalidade, com a política de imunização. Estudo da Universidade Federal de Pelotas aponta que a prevalência do coronavírus entre a população indígena urbana, de 5,4%, é cinco vezes maior do que a encontrada na população não indígena, que é de 1,1%. Esse planejamento, portanto, tem que ser efetivado para o bem dos povos indígenas e de todo o povo brasileiro, como estabelece a nossa Constituição Federal.

A asfixia a que hoje está submetida a população de Manaus é uma triste realidade da situação política, social e econômica do país, governado por pessoas despreparadas e mal intencionadas, com consequências trágicas para toda a população.

Conclamamos a todas e todos a continuar lutando, existindo e resistindo contra toda opressão, violência e medo, e na luta pela vida e “vida em abundância” (Jo.10,10)!

Nossa solidariedade a todas famílias e amigos dos mais de 209.000 brasileiras e brasileiros mortos pela covid-19, em especial os manauaras e os povos indígenas.

Brasília, 18 de janeiro de 2021

Conselho Indigenista Missionário

Crédito da foto: Edgar Kanaykõ Xakriabá

Fonte: JORNALISTAS LIVRES