domingo, 21 de fevereiro de 2021

Na iminência de ter ações contra Lula anuladas, Moro posta mensagem em apoio à Lava Jato - Por Ivan Longo

Foto: Lula Marques / AGPT

Ex-juiz já não tem mais o apoio de outrora e tentativa de recuperar credibilidade não vem surtindo efeito.

No final da noite deste sábado (20) o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro resolveu ir às redes sociais para prestar apoio à Lava Jato, operação pela qual se forjou como “herói” no suposto combate à corrupção e na prisão do ex-presidente Lula.

O ex-magistrado de Curitiba, que hoje vive nos Estados Unidos, postou a foto de uma faixa de apoiadores da Lava Jato na capital paranaense. “Manifestação de apoio à Operação Lava Jato em Curitiba”, escreveu Moro na legenda.

A postagem de Moro vem em meio a novas vitórias de Lula no Supremo Tribunal Federal (STF), que recentemente decidiu permitir o compartilhamento de dados da Operação Spoofing com a defesa do petista. Nos dados estão contidas mensagens, entre elas aquelas reveladas pela série jornalística Vaza Jato, que mostram uma articulação supostamente ilegal entre o ex-juiz, procuradores da operação para tirar Lula da eleição de 2018 e levá-lo à cadeia.

Fonte: REVISTA FÓRUM

UM DESABAFO DO DALTON ROSADO: PERGUNTAS QUE TODOS DEVERÍAMOS ESTAR FAZENDO À ESQUERDA ADESTRADA.- Daltonosado

 

Cabe a nós, os anticapitalistas, administrarmos a crise do capitalismo?

Será que alguém do nosso campo ainda tem dúvidas quanto à impossibilidade de o capitalismo se recuperar de suas contradições internas usando as próprias receitas e insistindo no cumprimento das regras constitucionais que as impõem?

Será que, conservando-se dentro das premissas pré-estabelecidas, um modo de produção social insano, segregacionista, utilitário e oportunista, que não leva em conta os danos ecológicos, vai conseguir resolver os problemas sociais e do aquecimento global?

Será que o combate ao negacionismo obtuso pode ter êxito sem questionar as regras de comportamento social que impõem a negação do óbvio ululante?

Será que já não caiu para todos nós a ficha de que é impossível, e isto foi historicamente comprovado, termos algum dia maioria parlamentar capaz de legislar contrariando os interesses do capital? 

Será que é tão difícil assim compreendermos que, ao aceitarmos o jogo previamente definido do processo eleitoral, dominado pelo poder econômico, principalmente nos grotões do Brasil profundo, seremos sempre derrotados?

Será que vamos mesmo estar negando o jogo político da institucionalidade capitalista (poderes instituídos pelo republicanismo burguês) se dele continuarmos participando sempre minoritariamente e legitimando-o a partir do juramento de cumprimento, no que eles têm de fundamental, dos seus cânones constitucionais segregacionistas?

Será que nos é possível negarmos ou transformarmos conceitualmente a instituição da qual fazemos parte enquanto estivermos sujeitos à pena de sermos dela excluídos por quebra do decoro parlamentar ou jurisdicional?    

Será que nunca nos vamos compenetrar de que a causa do descrédito dos governantes de direita é a mesma que nos atinge quando governamos dentro das regras constitucionais capitalistas, e que se traduz no movimento pendular eleitoral cíclico entre direita e esquerda governamentais, ambas presas aos mesmos parâmetros, ainda que com sensibilidades diferenciadas?

Será que devemos pugnar pela retomada do desenvolvimento capitalista, como têm feito todas as correntes da esquerda institucional, de olho no dinheiro dos impostos que sustenta o Estado opressor, e nas migalhas que o poder oferece, e priorizando sempre sua sobrevivência, sem desconfiar de que vivemos um momento de saturação político-econômica e de que precisamos de outra lavagem de roupa? 

Será que é correto aceitarmos o poder político vertical do Estado?

Será que não podemos entender que o atual processo de emissão de moeda sem lastro, meramente fiduciária, é uma forma de controle estatal muito mais despótico do que qualquer outro já havido na trajetória da humanidade, como se fôssemos escravos da pós-modernidade e nos tivéssemos de contentar com cotas de ração?

Será que vamos, durante muito tempo ainda, continuar passando batidos pela obviedade de que o blablablá sobre o imperativo da observância da (há muito ineficaz) responsabilidade fiscal somente serve para negar o atendimento às demandas sociais, com os parcos recursos da receita estatal sendo direcionados para o pagamento dos juros da dívida pública e financiamento das estruturas do poder institucional?

Será que vamos igualmente continuar míopes para o fenômeno da falência do Estado como consequência do colapso do modelo econômico social, esquivando-nos, tanto quanto os políticos atrelados à estrutura institucional do Estado, ao dever de representarmos a antítese da irracionalidade truculenta e primária de governantes despreparados para a administração da falência sistêmica (os quais desejam permanecer no poder decrépito pela força e com bravatas de soluções fáceis), já que nós mesmos estaremos atuando politicamente sob as mesmas bases funcionais político-econômico-sociais?

Será que devemos nos colocar a reboque dos políticos de direta nos esforços para a permanência das mesmas categorias capitalistas (trabalho abstrato inexistente; valor e dinheiro sem valor econômico válido; produção de mercadorias sem mercado; mercado depressivo; Estado falido; disputa política dentro da falência política representativa, etc.)?

Será que a a posição coerente no nosso caso é a de dizer amém, e não criticar, a essência dos cânones jurídicos constitucionais e ordinários, como se o Direito instituído (e que se constitui como anti-Direito natural) fosse a representação legítima da vontade popular e não uma consequência da manipulação da dita cuja por parte do poder econômico?

Será que nos cabe reproduzir (e delas participar) as obsessões de políticos de esquerda e de direita que, mesmo diante da maior crise econômica e sanitária do pós-guerra, somente pensam nas eleições de 2022?

Será que ainda não percebemos que os políticos de ultradireita, com suas proposições desumanas e autoritárias, embora sendo bem mais perigosos do que aquelas raposas felpudas da política acostumadas à diplomacia de salão e ao convívio parlamentar educado e hipócrita, representam espécies de um mesmo gênero? 

Talvez alguns leitores considerem que os meus questionamentos sejam sectários; corro tal risco conscientemente. 

E termino perguntando: será que colocar o espelho para que vejamos a face de nossa própria irracionalidade, que tantos males causam secularmente à humanidade, não deve ser considerado como autocrítica necessária? (por Dalton Rosado)

Postado por celsolungaretti 

A longa noite de uma nação chamada Esculhambaquistão - Por Wellington Duarte

Prof. da UFRN - Wellington Duarte

Pindorama, a terra das palmeiras, local mítico dos povos tupis-guaranis, que seria uma terra livre dos males, foi conspurcada pela chegada dos selvagens vindos da península Ibérica e que trouxeram a civilização cristã e mais um monte de milacrias e que resultou, seiscentos e oitos anos depois, resultou numa nova invasão, desta feita através de uma coisa chamada eleição, feita sob o reino das Fake News, e que elegeu para a presidência um outro selvagem: o mandrião do Planalto.

Até poucas horas atrás, 243.457 brasileiros tinham perecido, abatidos pela COVID-19 e certamente, conforme atestam todos os documentos e posicionamentos públicos destes governantes, assassinados pela sabotagem escancarada do governo central, que fede a genocídio. De março para cá, mais de VINTE E DOIS MIL morreram a cada mês, e mais de NOVECENTOS MIL foram contaminados a cada mês.

O país, que está como um bêbado no que se refere à vacinação, é um chafurdo completo, com as instituições cada vez mais desmoralizadas pelos agentes públicos, a maioria eleitos pelo povo, e que estão sendo, de novo, atacada pelos selvagens de 2018. Um governo central completamente errático, com um presidente mandrião, cuja única ação visível e uma “live” grotesca das quintas-feiras; que tem um ministro da Economia que simplesmente está aguardando o país sucumbir, para que ele possa vender todo o patrimônio público.

A cada dia que passa o chafurdo vira banzé, barafunda, assuada, azáfama ou qualquer outro substantivo que melhor represente essa esculhambação com consequências macabras. Nessa semana foi a vez dos combustíveis, que estão com reajustes quase semanais, não por causa dos impostos, e sim pela política da Petrobrás de alinhar preços ao mercado internacional de petróleo, e que muitos, inclusive gente de boa índole, acabaram endossando o discurso mequetrefe do mandrião, que ameaçou “zerar os impostos”, ou seja, Bolsonaro, mentiroso contumaz, joga a responsabilidade destes e dos próximos reajustes, que certamente virão, nas costas dos governadores e escamoteia que sua “bela” proposta atinge a sociedade sem mexer nos lucros das distribuidoras e dos produtores de álcool e muito menos dos que recebem os dividendos gerados pelas vendas da empresa, que já foi estatal.

O parlamento, que hoje se ocupa em julgar um safardana fascista, e que promete chafurdar a vida de 11 milhões de servidores públicos ao ameaçar concretamente em reduzir os seus salários em até 25%, se a situação fiscal assim exigir, coloca a guilhotina na cabeça destes braZileiros, agora colocados como bodes expiatórios das mazelas produzidas pela incompetência dessa equipe econômica, que sinceramente beira ao ridículo.

Espertamente o mandrião mistura tudo e joga para cima, pois já afirmou, em diversas ocasiões, que não tem capacidade de governar e sim de enchafurdar, adora a confusão e que, no seu delírio de poder, quer é o país entre em “parafuso político” e que os milhões que se encontram na miséria olhem para ele e no seu desespero, o escolham como o “salvador”, ou seja, Bolsonaro, responsável direto por ter jogado esses milhões de volta à pobreza e à miséria, os “salvará”.

Diante desse quadro bizarro, um colega me perguntou onde ficava Pindorama, pois ele queria fugir da República do Bolsonaristão ou, como já se fala lá fora, Esculhambaquistão. 

Prá Frente BraZil!

Fonte: Potiguar Notícias