sábado, 30 de janeiro de 2016

BRASIL: Congresso volta do recesso com expectativa de dias agitados

A semana que começa, com a retomada dos trabalhos do Legislativo, apesar de ser de início das atividades, não tem previsão de ser nada tranquila. Primeiro pelo número de medidas provisórias que trancam a pauta da Câmara dos Deputados. Depois, pela programação de propostas polêmicas a serem votadas no Senado, em caráter de urgência, como o projeto que abre brechas para a privatização de estatais (PLS 555).



Como se não bastasse, os próximos dias são de reuniões para discussão da agenda do governo no Congresso e definição das lideranças partidárias nas duas Casas – com exceção do PMDB, que transferiu a data da eleição para liderança na Câmara para o dia 17.

A Câmara dos deputados tem 19 medidas provisórias em tramitação a ser votadas rapidamente, três já trancando a pauta. Tem ainda matérias emblemáticas a serem apreciadas, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que transfere do Executivo para o Legislativo poder de decisão sobre demarcação de terras indígenas – que foi aprovada pela comissão especial em dezembro e segue para o plenário (ainda não entrou na pauta).

E os integrantes do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar se preparam para dar continuidade aos trabalhos do órgão, que tem como prioridade a apreciação de processo que investiga o presidente, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

As medidas provisórias que travam a pauta da Câmara já estão em vigor, mas têm prazo para ser ratificadas pelo Congresso. A primeira, a MP 692/15, consiste na primeira medida do ajuste fiscal e é a que aumenta o imposto de renda pago por contribuintes que tiveram ganho de capital na venda de imóveis, veículos, ações e outros bens. A mudança começou a valer desde o último dia 1º, mas perde a validade se não for votada até 29 de fevereiro.

A segunda é a MP 695/15, que tem de ser votada até 13 de março, amplia a área de atuação das loterias chamadas de “raspadinhas”. Antes, esses sorteios só podiam ser feitos mediante temas voltados ao futebol, e com a obrigatoriedade de que os recursos fossem destinados para esse esporte.

A terceira medida provisória é a 696, referente à reforma administrativa. A MP reduz o número de ministérios de 39 para 31, ratificando a decisão adotada pelo governo em outubro passado. De sua votação depende a continuidade do processo de reestruturação, redução, exonerações e substituições pontuais para cargos no Executivo.

Mais celeridade

Vários parlamentares já se pronunciaram sobre a necessidade de o Congresso atuar de forma mais ágil no primeiro semestre deste ano – uma vez que 2016 será marcado, a partir de junho, pela realização das Olimpíadas e, logo depois, pelas eleições municipais.

De acordo com o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), a intenção da base aliada é fazer com que toda a pauta seja acelerada e apreciada na primeira quinzena de fevereiro. Ele inclui na relação do que requer rapidez a definição da comissão especial encarregada de apreciar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e de ser iniciada o quanto antes a tramitação da matéria.

Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal anulou os ritos determinados por Eduardo Cunha e determinou que fosse por votação aberta, e não secreta, a formação da comissão especial processante do impeachment. Os ministros votaram também hoje contra a validade da chapa "avulsa" formada por manobra de Cunha.

“Temos de resolver logo este debate, para dar atenção às pautas que realmente vão contribuir para o desenvolvimento e a retomada da economia, em vez de ficarmos brigando de um lado para outro e suspendendo as sessões. O país não pode ficar parado por conta do Congresso, nem por conta dessa discussão sobre se vai ou não ter impeachment”, disse Guimarães.

Há ainda a incógnita sobre a situação de Eduardo Cunha na Câmara – alvo de julgamento por parte do STF, se deve ou não ser afastado do cargo. Bem como todas as articulações políticas travadas entre a oposição e a base aliada e a reorganização das comissões técnicas da Câmara e do Senado.

No Senado, a expectativa é de que os gabinetes sejam percorridos ao longo da semana por grupos de trabalhadores de todo o país. Capitaneados pelas centrais sindicais e pelo Comitê de Defesa das Estatais, eles pretendem conversar com os senadores sobre os termos do PLS 555, que com o argumento de tornar mais transparentes essas companhias, cria brechas para abertura de capital para a iniciativa privada. O texto, de autoria dos senadores tucanos Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Aécio Neves (PSDB-MG). O PLS ainda propõe que um percentual (a ser definido) de técnicos para cargos de assessoramento seja preenchido sem concurso público nestes órgãos.

Para analistas legislativos, como o especialista em políticas públicas Luiz Alberto dos Santos, o texto é inconstitucional e passa por cima de prerrogativas que são exclusivas da Presidência da República. "Vai ser um jogo duro, mas que queremos e vamos enfrentar com tudo", disse a coordenadora do comitê, a sindicalista Maria Rita Serrano.

Reuniões desde segunda

A solenidade de abertura do Legislativo está programada para a tarde da terça-feira (2), quando serão lidas as agendas do Judiciário e do Executivo para o Congresso, como acontece tradicionalmente. Mas já na segunda (1º) vários parlamentares prometem estar de volta ao Congresso, porque há reuniões agendadas por bancadas do PT, PMDB, PSB e PSDB.

Na terça-feira, está agendado um café da manhã entre ministros da coordenação política do governo e todas as lideranças partidárias da Câmara e do Senado. Será o primeiro encontro formal desses parlamentares com o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

O objetivo do café da manhã, conforme informações do Palácio do Planalto, é a exposição de detalhes sobre a perspectiva da economia para os próximos meses e os projetos considerados prioritários a serem encaminhados ao Congresso.

Fazem parte dessa lista a proposta de prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a proposta utilização do FGTS como avalista de operações de crédito, anunciada na quinta (28) durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Soma-se a isso, além do processo de impeachment em si, a expectativa da apreciação das contas da presidenta Dilma Rousseff de 2014 pela Comissão Mista de Orçamento e, depois, pelo plenário do Congresso, em sessão conjunta.

“Vamos para este café da manhã com esperança de que a condução da economia pelo ministro seja positiva e que 2016 seja um ano melhor para o Congresso e para o país”, disse o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), que recentemente se reuniu em audiência com Nelson Barbosa.

Por se tratar de um ano eleitoral, deputados e senadores sabem que – polêmicas e discussões à parte, a serem travadas – é preciso que o Legislativo trabalhe bem mais do que em 2015, porque a conta do desgaste perante a sociedade tem tudo para ser cobrada nas urnas ainda em 2016. 


 Fonte: Rede Brasil Atual

Estudantes já podem usar nome social na carteirinha

Qualquer estudante do Brasil que desejar já pode ter o seu nome social no seu documento de estudante da UNE, UBES e ANPG. “O uso do nome social na carteira da UNE é um avanço social para a nossa entidade, é reconhecer que as pessoas trans também estão na universidade e nela devem permanecer”, destacou a 1ª diretora LGBT da UNE, Daniella Veyga.


 
 

O direito de ser conhecido e chamado dentro da universidade pelo nome que escolheu é uma luta para milhares de pessoas trans em todo o Brasil. Apesar da resolução 12/2011 do Ministério da Educação, que indica que o nome social seja usado em cadastros e informações de uso pessoal nas instituições de ensino, o desconhecimento e o preconceito ainda são grandes. A resolução é apenas recomendatória, ou seja, não tem caráter de lei e, por isso, depende também da boa vontade e da burocracia das instituições.

“É importante o uso dessa ferramenta política para dar exemplo a outras instituições de educação. A aceitação do nome social é para mim como uma política de acesso e permanência dentro das universidades”, ressaltou.

Daniella explica que ainda é necessário construir toda uma política de assistência e permanência para as e os transexuais na universidade brasileira. “O problema é a exposição, o constrangimento ilegal, a vergonha, que acaba inclusive afastando a pessoa das aulas”, ressalta.

Para a 1ª diretora LGBT da UNE o desafio é maior nas universidades privadas. As dificuldades acontecem por conservadorismo, questões religiosas ou mesmo desconhecimento da política nacional de inclusão. “As trans não estavam dentro das universidades e agora que as instituições estão se deparando com essas questões. Por isso, a carteira da UNE é muito importante neste momento”, esclarece.

Esta é também a primeira vez que uma gestão da União Nacional dos Estudantes tem na sua diretoria estudantes trans entre os seus 85 diretores. Além da estudante de Direito da UNIC de Cuiabá (MT) Daniella, compõe essa gestão a também estudante de Direito, Amanda Souza, da Unaes Anhanguera de Campo Grande (MS).

Daniella é travesti e foi a primeira a ter a carteira da UNE com nome social. “Me senti muito respeitada vendo meu nome social, o nome ao qual eu me identifico na minha carteira estudantil. Sou a primeira trans a usar essa ferramenta, mais espero que tenhamos um salto nos números de carteiras da UNE emitidas com o direito”, afirmou.

É fácil garantir a carteirinha com o nome social. No sitedocumentodoestudante.com.br, ao preencher o cadastro, no campo 'gênero', quando a pessoa escolhe a opção travesti ou a transexual, automaticamente é aberto um campo para se preencher o nome social.

No âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, no Sistema Único de Saúde, no Enem, inúmeras instituições de ensino federais e Secretarias Estaduais e Conselhos que legislam sobre a educação básica já adotam por lei o uso do nome social de travestis e transexuais.

O site da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais tem toda a legislação atualizada. Confira aqui.



 Fonte: UNE

BRASIL: Lava Jato cansou e 55% acham que impeachment é vingança de Cunha

A pregação diuturna anti-PT e anti-Dilma na mídia tornou-se inócua. E a Lava Jato já não atrai a mesma atenção de antes.

Por Marcos Coimbra*


Atribui-se a Fidel Castro uma fórmula para saber se um país passa por uma revolução. É fácil, segundo ele: basta verificar se os indivíduos sorriem. A alegria de viver durante uma revolução seria imediatamente perceptível no rosto de cada um.

Fidel não disse, mas seria razoável supor que o inverso também fosse verdadeiro. Sempre que o repúdio a um governo se tornasse universal e não houvesse solução natural para os problemas coletivos, a tristeza se estamparia em cada face.

Ninguém está contente com a situação atual ou sorri quando pensa no Brasil. A maioria está insatisfeita e o desejo por mudanças é unânime. Mas seria despropositado imaginar que todos estejam acabrunhados. No País real, os tristes e desesperançados são minoria. Menor ainda é a parcela que aceita a conversa oposicionista de que tudo de mal é responsabilidade de Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores. Esse porcentual se reduz um pouco mais quando se trata daqueles que acreditam que a saída de Dilma e o fim do PT resolveriam os problemas da nação.

Apesar de agir em concerto no Parlamento, na mídia, no Judiciário e na sociedade civil, as oposições foram incapazes de promover e conservar na opinião pública o clima emocional necessário a transformar a insatisfação em revolta. No máximo, conseguiram atrair segmentos bizarros, de um direitismo de opereta.

Uma das razões é o fato de o tempo ter passado. As circunstâncias que propiciam amplos movimentos de opinião costumam ser fugazes e não resistem à banalização. É possível sustentar um clima político de alta eletricidade por semanas e, talvez, alguns meses, não por mais de um ano.

Quem aguenta ver os mesmos personagens a repetir as mesmas coisas dia após dia? Quem se emociona ao ouvir um discurso proferido cem vezes? Quem se surpreende com a denúncia de hoje, se é idêntica àquela de ontem?

A exacerbação da militância anti-Dilma e anti-PT da “grande” mídia serve para explicar a retração do movimento pró-impeachment. Ao repetir a mesma adjetivação exagerada, as mesmas manchetes tonitruantes, as mesmas fotos canhestramente encenadas, sua peroração tornou-se inócua. Hoje, ela prega para os convertidos.

A perda de interesse pela Operação Lava Jato é o sintoma. Joia do discurso oposicionista e vitrine para alguns dos personagens mais vistosos de suas fileiras, ela não consegue manter a atenção da opinião pública no nível de quando começou, por mais intenso que seja o holofote ofertado pelos meios de comunicação.

Em pesquisa do Instituto Vox Populi de dezembro de 2015, apenas 24% dos entrevistados disseram manter o mesmo elevado interesse do início da Lava Jato, taxa idêntica àquela dos que “não têm qualquer interesse pelo assunto e nunca tiveram”. Outros 18% afirmaram que “tinham muito, mas agora a acompanham sem interesse”, enquanto 10% responderam que “tinham muito, mas perderam completamente o interesse”. Entre os restantes, 21% “nunca tiveram grande interesse e assim permanecem” e 3% “nunca ouviram falar” no assunto.

A segunda razão a explicar a pequena capacidade mobilizadora da ideia de impeachment é a imagem dos políticos que patrocinam a empreitada.

A mesma pesquisa constatou: 55% dos entrevistados acreditam que o processo de impeachment é uma “vingança de Eduardo Cunha”, avaliação da qual discordam apenas 21%. Os restantes não sabem ou não têm opinião. A respeito das consequências do processo na economia, 45% afirmaram que “a oposição está sendo oportunista” ao propô-lo agora, enquanto 39% disseram que ela “faz o seu papel”.

Ante a pergunta a mencionar nomes de líderes da oposição, 49% disseram que “políticos como Aécio e Fernando Henrique Cardoso só pensam em seus próprios interesses quando apoiam o impeachment”, enquanto 34% afirmaram que “eles pensam no Brasil e fazem o que é correto”. O que significa que muitos eleitores do PSDB na eleição de 2014 não estão convictos do patriotismo de seus representantes.

A perspectiva das movimentações em favor do impeachment é ruim, casos elas realmente desejem contar com a opinião pública. O tempo não as ajuda e suas lideranças atrapalham. Só em um momento tão estranho de nossa história quanto este, uma tese tão despropositada ainda sobrevive.

*Marcos Coimbra é sociólogo, presidente do Instituto Vox Populi. 


 Fonte: Carta Capital
(vermelho.org.br)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Mais Médicos: Metade dos profissionais decidiu permanecer no programa

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (26) que dos 2.246 profissionais que concluem um ano de atuação no programa Mais Médicos nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, 1.266 (56%) vão permanecer na mesma vaga por até mais três anos. Depois de um ano de atuação, eles poderiam sair do programa e garantir a bonificação de 10% em exames para ingresso em residência médica, mas decidiram continuar.


Os 1.173 postos restantes serão disputados pelos 12.791 médicos brasileiros com registro no País já inscritos, que devem indicar as opções de cidades até a próxima quarta-feira (27).

O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto, enfatiza a relevância desse grande número de brasileiros interessados em continuar no Mais Médicos. “Isso reforça o que os dados e pesquisas já vinham indicando: os médicos brasileiros não só estão aprovando o Programa, como estão vendo nele uma boa oportunidade de aprendizado e atuação na Atenção Básica”, declara o secretário. “É possível que vários deles nem viessem a ter contato com a Atenção Básica se o Mais Médicos não tivesse sido criado. É assim que estamos começando uma mudança no perfil dos médicos no País”, completa.

Seleção

No total, 12.791 médicos tiveram a inscrição deferida para concorrer as vagas em 649 municípios. Entre eles, 10.652 optaram por participar na modalidade com duração de um ano e bonificação de 10% em provas de residências, enquanto 2.139 escolheram ingressar para permanecer três anos com auxílios moradia e alimentação, pagos pelas prefeituras. Essa alta adesão de médicos brasileiros mantém a tendência dos editais anteriores, gerando uma concorrência de quase 11 candidatos por vaga.

O próximo passo para os médicos inscritos é optar por municípios a partir desta segunda-feira (25), no sistema do Programa Mais Médicos. O prazo para escolha vai até esta quarta-feira (27). Cada profissional deve selecionar quatro cidades, em ordem de preferência.

Os médicos disputarão somente com aqueles que optarem pelas mesmas cidades. Quem não conseguir a posição terá acesso às vagas remanescentes em outra oportunidade, prevista para fevereiro. Caso nem todas as vagas sejam todas preenchidas após as duas chamadas para brasileiros com CRM Brasil, o edital será aberto a brasileiros que se formaram no exterior e, em seguida, a profissionais estrangeiros.

Para a classificação na concorrência das vagas foram estabelecidas as mesmas regras adotadas nos editais anteriores, nesta ordem: ter título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade; ter experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família; ou ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho – PET (Vigilância, Saúde, Saúde da Família e Saúde Indígena) ou do VER-SUS. Como critérios de desempate serão considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento, e ter maior idade.

Reposição

O Ministério da Saúde garante a reposição constante de todas as desistências, por meio de editais trimestrais para preenchimento dessas vagas. No primeiro edital de reposição, lançado em julho de 2015, foram ofertadas 276 vagas, e no segundo, em outubro, 326. Todas as vagas foram ocupadas por médicos com CRM Brasil.

No primeiro chamamento de 2015, os médicos brasileiros ou brasileiros graduados no exterior preencheram todas as 4.139 oportunidades oferecidas. Com a expansão, o programa conta com 18.240 vagas autorizadas em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas.

Acesse a lista dos municípios disponíveis.

Mais Médicos

Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica levando médicos às regiões com carência de profissionais. Além do provimento emergencial de médicos, a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e à reestruturação da formação médica no país.

No eixo de infraestrutura, o governo federal está investindo na expansão da rede de saúde. São mais de R$ 5 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de 26 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS). 


Fonte: Portal Brasil com Ministério da Saúde

Flávio Dino: Vamos falar sobre segurança pública



Governador destaca os primeiros avanços com investimentos em segurança pública

Quando assumimos o Governo do Maranhão há um ano, o cenário da Segurança Pública nos colocava como o Estado com o menor número de policiais por habitante do país, com um crescimento vertiginoso de homicídios que chegou a 330% e um absoluto caos no sistema penitenciário, revelado pelas dezenas de tragédias no Complexo de Pedrinhas.

Hoje ainda temos muito a fazer, mas mudamos a atitude do sistema de segurança, aumentamos o número de policiais e de viaturas, compramos armamentos e temos índices muito melhores nas penitenciárias. Esse é o caminho que estamos trilhando e nele continuaremos.

Segurança é um assunto muito sério, que envolve a vida das pessoas e que não pode ser transformado em território para proselitismo político de baixo nível. É preciso debater com responsabilidade e, mais que isso, com o verdadeiro interesse de diminuir os índices de violência que cresceram ao longo das últimas décadas em nosso Estado.

Sempre tratamos o tema com a seriedade que ele merece. Sabendo que temos a menor relação entre policiais e habitantes, decidimos, desde o primeiro dia de Governo, convocar aprovados no concurso para a Polícia Militar para os últimos testes e treinamentos. De modo que chegamos ao início de 2016 com mais 1.500 policiais militares e civis efetivados, trabalhando para o combate a todas as modalidades de crimes. Em face de formalidades jurídicas e prazos legais, esse processo durou um ano, mas já foi completado com êxito e os resultados aí estão: uma polícia mais presente e próxima.

Destaco também que em 2015 iniciamos o reaparelhamento do Sistema de Segurança Pública e Penitenciário. Além de armamentos, esta semana entregamos 30 novas viaturas para que os policiais possam bem desenvolver seu trabalho. Nos próximos meses, serão 300 novas viaturas, de vários tipos, para complementar a frota atual e substituir aquelas que estavam sucateadas. Outra conquista de 2015 foi o investimento de R$ 8 milhões em modernização do sistema de comunicação entre as polícias, com aparelhos de rádio digitais para dar mais eficácia ao seu trabalho.

No primeiro ano de Governo, tivemos os primeiros resultados desses investimentos. As polícias aumentaram o combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas, culminando na prisão de grandes chefes de facções e aumento na apreensão de armas e drogas que circulavam pelo Maranhão. Pela primeira vez em décadas, invertemos a curva na ocorrência de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs) – com redução de 8% – percentual superior à meta nacional, que é de redução de 5% ao ano. Também diminuímos a zero a quantidade de rebeliões em Pedrinhas, reduzindo em 76% os homicídios internos. Lamentável é que alguns não queiram enxergar isso, e se dediquem a tentar fomentar o caos em Pedrinhas, como havia no passado.

Em 2016, daremos novos passos na direção certa, qualificando os meios de combate ao crime, capacitando as forças policiais para o enfrentamento à violência, dando apoio infraestrutural, armamento e equipamentos mais modernos para superar o descontrole que herdamos na Segurança Pública. Sabemos que essa tarefa não é fácil e que não se muda uma situação complexa como a que herdamos da noite para o dia. Mas com seriedade, e investindo o dinheiro público onde a sociedade mais precisa, nós estamos enfrentando esse desafio.

Fonte: PCdoB Nacional

BRASIL: Juíza pode ser punida por respeitar direitos e combater prisão ilegal

A desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo Kenarik Boujikian, cofundadora da Associação Juízes para a Democracia, será julgada nesta quarta-feira (27) por uma comissão especial do Tribunal de Justiça de São Paulo por ter cumprido o que diz a lei e concedido alvará de soltura a dez presos provisórios que já haviam excedido em prisão a pena fixada em suas sentenças.


Apesp
A desembargadora Keranik Boujikian será julgada pelo conteúdo de sua decisão
A desembargadora Keranik Boujikian será julgada pelo conteúdo de sua decisão

De acordo com a legislação e a lógica estabelecem que manter em cárcere presos provisórios com sentenças menores que o período de prisão é ilegal, inclusive com direito a indenização pelo Estado. 

Respeitando a lei e as garantias fundamentais, a desembargadora Boujikian determinou a soltura dos dez presos. Mas um colega, o desembargador Amaro José Thomé Filho, decidiu entrar com representação alegando que a decisão de Boujikian deveria ocorrer de forma colegiada, em grupo. No entanto, a lei e o próprio regimento interno do TJ, em seu artigo 232, assegura ao relator do processo - neste caso a desembargadora Boujikian – a autonomia para decisões urgentes, que podem posteriormente ser confirmadas ou não pelo colegiado.

"O que fiz foi correto. Trata-se de uma situação que considero juridicamente muito simples: se a pena foi fixada e não há notícia de soltura transcorrido este período, dei alvará cautelar, para não haver risco de a pessoa ficar presa por mais tempo", afirma Boujikian.

A desembargadora afirma ainda não compreender porque um juiz representa outro por conta da decisão num processo. "Isso é uma violação à independência judicial. Juiz não pode ser processado pelo conteúdo da decisão, salvo se a decisão é fruto de improbidade ou corrupção", enfatizou ela em entrevista aoBrasil de Fato.

E acrescenta: "A independência judicial é uma garantia da cidadania, na perspectiva de um Estado Democrático de Direito. Serve para que o juiz faça seu papel de garantidor. A independência judicial é um direito humano para resguardar os demais direitos humanos. Serve para que o Judiciário, como instância de Poder de Estado, possa garantir os direitos consagrados na Constituição Federal, o que é um dever de todos os juízes. Implica que o juiz não pode estar sujeito às pressões externas e internas para decidir de uma determinada forma".

Ela lembrou ainda que, apesar de ser julgada pela soltura de dez pessoas, adotou a mesma medida em cerca de 50 caso. "Tenho esperança de que o TJ reafirme a independência judicial, que é um compromisso com os direitos fundamentais e com o Estado Democrático de Direito", salientou.

A juíza tem recebido apoio e solidariedade de diversos setores e personalidades. “Não tem cabimento. Querer punir uma juíza que agiu corretamente, fazendo valer os direitos fundamentais da Constituição é, primeiro, um imenso erro jurídico; segundo, um grande passo atrás no processo civilizatório”, disse Pedro Serrano, advogado e professor de Direito Constitucional da PUC-SP.

Para Igor Sant'Anna Tamasauskas, um dos advogados da desembargadora, "o mais grave é a mensagem que este caso passa para a magistratura e os novos juízes: se prender a qualquer custo, não será incomodado, se olhar para os direitos e garantias, sobretudo dos menos privilegiados, pode colocar a carreira em risco".

Entidades como o Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), a Pastoral Carcerária, o Instituto de Defensores de Direitos Humanos (DDH) e o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim) divulgaram notas de apoio a Boujikian.

"É algo absolutamente ilegal manter alguém preso além do que é estritamente previsto em sua condenação", explica Cristiano Maronna, vice-presidente do IBCCrim. "A desembargadora deveria ser premiada e não sofrer punição porque está cumprindo o que diz a Constituição."

Outro manifesto, assinado representantes de movimentos populares, entidades em geral e lideranças políticas afirma: “Trata-se de magistrada fiel ao Código de Ética dos juízes, sabidamente um elenco de preceitos muito mais inspirador de efetiva justiça do que servil e cega submissão à lei, particularmente quando esta é aplicada esquecendo que o Brasil é um Estado Democrático de Direito, e este somente pode ser considerado como legítimo quando posto a serviço do seu povo soberano (parágrafo único do primeiro artigo da nossa Constituição)”.

O documento é assinado por personalidades como o professor Leonardo Boff, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Lygia Maria de Godoy Batista Cavalcanti, juíza do Trabalho de Natal (Rio Grande do Norte) e o jurista e professor emérito da USP, Dalmo Dallari.



Do Portal Vermelho, com informações de agências e Viomundo

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

R$ 15 milhões ” devolvidos” fazem falta a qualquer instituição … -" ALÔ UERN! ISSO É VERDADE? SE FOR É UM ABSURDO!" - EDUARDO VASCONCELOS

Foi com espanto que a ADUERN – Associação dos Docentes da UERN – recebeu a notícia, vinculada em uma série de meios de comunicação de que a Reitoria da universidade havia “devolvido” aos cofres do Governo do Estado a quantia de R$ 15 milhões, referente a economias e ajustes de austeridade que foram realizados no decorrer do ano de 2015.
Desde que a informação foi divulgada, várias dúvidas foram suscitadas em toda a comunidade acadêmica: como é que 15 milhões de reais são “devolvidos” ao Estado quando nossa universidade sofre com o contingenciamento de verbas, responsável pela brutal precarização das condições do trabalho docente e por uma severa defasagem estrutural?
Uma vez que esses 15 milhões não foram “devolvidos”, já que o dinheiro sequer entrou nas contas da universidade, estava apenas previsto em nosso orçamento e possivelmente cobriria gastos com parte da folha de custeio e pessoal, para quem serve a rejeição do orçamento destinado à UERN pela Reitoria? Quem de nós se beneficia com o arrocho promovido pela administração central?
A diretoria da ADUERN tem visitado todos os campi da universidade, mapeando suasparticularidadesdemandas e dificuldades e nos parece incabível que 15 milhões deixem de ser investidos em nossa instituição, sem que isso sequer seja amplamente discutido com toda a comunidade acadêmica, que é quem sofre com a carência em diversos setores, como por exemplo, o setor de patrulhamento e segurança da universidade.
Necessitamos da retomada imediata de uma série de obras, da completa reestruturação de nosso sistema elétrico, de melhorias em toda a infraestrutura dos campi, concurso público e do cumprimento do nosso Plano de Cargos e Salários (PCS), que é vítima do arrocho promovido pelo Governo do Estado.
Diante destes fatores e destes questionamentos, discordamos veementemente do posicionamento assumido pela Reitoria e não achamos que há motivos para se comemorar com a “devolução” da verba citada.
A Diretoria

Entrevista com a Ministra Tereza Campello (MDS)

 “Não estamos mais recolhendo casos de jovens pobres que passaram no vestibular, mas sim que passaram em primeiro lugar”. (Foto: Caroline Ferraz/Sul21)
Por Marco Weissheimer, no Sul21*
“A nossa aposta tem que começar lá atrás, com as crianças de zero a seis anos”
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, veio a Porto Alegre na semana passada para participar do Fórum Social Temático, em especial de um debate sobre o filme “Que horas ela volta?”, de Anna Muylaert. Um filme que, na visão da ministra, mostra um Brasil em transição com personagens que retratam o impacto que as políticas sociais de combate à fome e à pobreza tiveram no país na última década. Uma das coisas que mais chamou a atenção de Tereza Campello no filme é que as duas mulheres, mãe e filha, têm uma trajetória de deslocamento do Nordeste para São Paulo com objetivos bem diferentes. 

mãe, Val, foi trabalhar de empregada doméstica. Já a filha, Jessica, foi fazer vestibular na USP. Histórias como a de Jessica, assinala a ministra em entrevista ao Sul21, não são mais casos isolados.

“Nós temos dezenas de histórias Jessicas por esse Brasil afora. Estamos recolhendo esses casos. Temos um menino que mora há 530 quilômetros de Teresina e que passou em Medicina no Piauí, e uma menina cotista de escola pública que passou em primeiro lugar em Medicina no Ceará. Não estamos mais recolhendo casos de jovens que passaram no vestibular, mas sim que passaram em primeiro lugar”, diz Tereza Campello. Na entrevista, ela fala sobre o impacto geracional que programas como o Bolsa Família já causou no Brasil:

“Em 2001, quando começou o Fórum Social Mundial, considerando os 20% mais pobres da população, tínhamos um pouco mais de 20% de jovens que terminavam o ensino fundamental até os 16 anos. Doze anos depois, esse índice subiu para quase 60%. Multiplicamos por três o número de jovens terminando o ensino fundamental até os 16 anos, nos setores mais pobres da população”. (...)

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Corpo de nordestino assassinado não atrapalha dia de praia em Florianópolis - " Gente, que absurdo! Veja a matéria! Puro Preconceito! A onde estamos?" - Eduardo Vasconcelos

Jadson da Silva Pereira, invisível principalmente na morte
José Zeferino. Alagoas. Foram as últimas palavras ditas pelo jovem de 23 anos. A princípio os policiais que o socorreram acreditavam ser este seu nome.  Não era.  Ele se chamava Jadson da Silva Pereira, também alagoano, de Maceió.  A investigação suspeita que antes de morrer ele ainda teve forças para denunciar o seu algoz.

Os banhistas da Lagoinha do Norte, praia de Florianópolis, pertinho de Canasvieiras, o viram correr desesperado, perseguido por outros dois homens.

Foi alcançado em frente à guarita dos salva-vidas. Foram tantas facadas, que teve o rosto, as costas e o abdômen perfurados. Morreu na areia, domingo, às 14h.

Seus assassinos fugiram. A Delegacia de Homicídios investiga o crime.

Nas praias floripanas sempre há nordestinos. Vendem cangas, redes, castanhas ou queijo coalho. Às vezes, agentes da Prefeitura recolhem suas mercadorias. No mais, trabalham sem folga, carregam cargas pesadas, alugam barracos e os dividem com os colegas de labuta.

São migrantes que vieram apenas para trabalhar. Os vendedores não são vistos em bares ou restaurantes. Também não vão à praia para apreciar um dia de sol, estirados nas cangas que vendem.  Na Capital catarinense permanecem por cinco meses, de outubro a março. Depois voltam de ônibus para o Nordeste. Alguns assumem empreitadas em obras e ficam no Sul do Brasil, onde a cultura dos descendentes de europeus preza o trabalho braçal. Exceto se vier de nordestinos.

Em novembro de 2013, moradores de Brusque, no Vale do Itajaí, publicaram uma carta intitulada “Aviso aos Baianos”. De acordo com o texto eles estavam indignados porque os migrantes falavam alto, assim como ouviam músicas altas em casa e não respeitavam as regras de trânsito – por esses motivos deveriam ser mortos.

(…) Moro em Águas Claras há 26 anos, tenho filhos que moram em outros bairros, e também estão sofrendo. Não vamos nos mudar por causa desses desordeiros. Fizemos um levantamento nos bairros: Águas Claras, Azambuja e Santa Terezinha, Nova Brasília, 1° de Maio, Bateias e Steffen. Constatamos que é absurdo, inaceitável o que acontece nos bairros, além do barulho, até trafegam na contramão, com carros e motos em alta velocidade e alguns com a descarga aberta (sem o silencioso). Durante esses oito meses fizemos levantamentos, já temos as placas dos carros, que são 34, e motos são 22, temos também as fotos desses desordeiros.

Fiquei feliz em comentar com 2 policiais sobre essa carta (antes de ser publicada) para saber a opinião deles e os dois disseram assim: “Finalmente acordaram, é bom mesmo que alguém faça alguma coisa para acabar com esses alienígenas” porque 90% dos casos envolvem baianos. “Não diga a ninguém nosso nome” – eu disse tudo bem.

BAIANOS, vocês conseguiram deixar o povo revoltado, TOMEM CUIDADO e tratem de mudar de comportamento URGENTE. VAMOS ELIMINAR VOCÊS, ISSO MESMO, VAMOS MATAR OS RUINS e acabar com essas pragas.

Nosso grupo composto por 28 cidadãos, onde 11 estão ansiosos para começar a matança, nem queríamos publicar esse aviso, porém a maioria decidiu avisar antes.

Nossa Brusque será de novo uma cidade boa para viver. CUSTE O QUE CUSTAR.”

Jadson vendia queijo coalho. Apesar de inofensiva sua atividade incomoda o presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis, Tarcísio Schmidt. Na semana passada, Schmidt culpou os nordestinos por uma virose que assola as praias do Norte, principalmente, Canasvieiras. Ele acredita que a infecção seja gerada por queijo coalho, ignora a poluição das águas que contaminou trinta das 42 praias da Ilha.

Mas o preconceito não é restrito às ruas. Gilead Maurício, jornalista, natural de Natal, escreveu em seu blog uma crítica ao ex-governador de Santa Catarina Jorge Bornhausen, que dizia “preferir ser a vaca que o bezerro mamão” e foi enxovalhado de ofensas e ameaças:

“Santa Catarina enquanto só tinha moradores como Jorge Bornhausen,gente trabalhadora, destinta ,de sucesso, era uma beleza,haja visto a beleza das pessoas, não é a toa que o mundo hoje quer vir ver o verão de SC, penso que não é para ver cabeça chata, retirante que vem atrás de oportunidade,que não conseguiu se colocar no seu estado natal, então vem para ser a bosta da vaca, coitados destes nordestinos, feios, despreparados,acabam tendo que vender rede na praia, pois não tem capacidade para mais”.

“Voce é um recalcado!! Pobre coitado, despreparado. Olhe para o seu berço,de onde você veio?de gentalha!!quem é seu pai, sua mãe?? nada! não valem nada, eles e as fezes da vaca não tem diferença, o que fizeram nesta vida alem de colocar este verme no mundo!!vai embora nordestino desgraçado”.

“NÃO VENHA MENTIR, SEU MALDITO CABEÇA-CHATA, QUE ROUBA 75% DOS IMPOSTOS DO MEU ESTADO, DA MINHA REGIÃO. Eu quero ver esses nordestinos começaram a vir para cá em grande quantidade, eu vendo todas as empresas da minha família e crio organizações pra matar nordestinos”.

Quando morto, Jadson arrancou um pouco de piedade dos turistas e choro de crianças. Em seguida, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), o cobriu com manto celeste para esperar a chegada dos funcionários do IML (Instituto Médico Legal). Estirado na areia ficou por quase duas horas. Mas, azul também era o céu, a água cristalina.

Os banhistas não resistiram. Voltaram ao lazer. Mergulhos, banhos de sol, água de coco.  Jovens compravam cervejas dos ambulantes, meninos faziam um castelinho, um casal se lambuzava de bronzeador, matronas controlavam os filhos dentro d’água na tentativa de evitar afogamentos. Um vendedor de cangas se aproximou. Várias pessoas foram ansiosas conferir os produtos. O corpo ainda estava ali, ao lado, isolado com fitas.

Aline Torres
No DCM

Fonte: http://www.contextolivre.com.br/

Lula vai processar promotor que o acusa sem provas

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Ao acusar sem provas dona Marisa e Lula, o promotor Cássio teve seus 15 minutos de “sucesso”. Agora, terá de provar na justiça suas acusações.
Via Brasil 247 em 23/1/2016

O Instituto Lula afirmou em nota divulgada na tarde de sábado, dia 23/1, que o promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, “violou a lei e até o bom senso ao anunciar, pela imprensa, que apresentará denúncia contra o ex-presidente Lula e sua esposa, Marisa Letícia, antes mesmo de ouvi-los”.

O promotor acusa Lula, no entanto, de ocultar um patrimônio que sequer é dele. Lula e sua esposa tinham uma cota de um empreendimento da cooperativa Bancoop, que foi assumido pela OAS Os antigos cotistas poderiam ficar ou não com os imóveis, mas Lula e Marisa decidiram devolvê-lo. A própria OAS afirma que é dona do imóvel, que ainda está à venda.

A denúncia foi publicada na noite de sexta-feira, dia 22/1, pela revista Veja. Na reportagem, a defesa de Lula se disse estarrecida e perplexa. “Fico perplexo em saber que um promotor esteja cogitando denunciar alguém sem ter dado a oportunidade de prévia manifestação”, disse o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente.

Na nota, o Instituto Lula informa que “os advogados do ex-presidente examinam as medidas que serão tomadas diante da conduta irregular e arbitrária do promotor”. A revista Veja também será alvo de novo processo, diz o texto. De acordo com a assessoria, “não há crime de ocultação de patrimônio, muito menos de lavagem de dinheiro. Há apenas mais uma acusação leviana contra Lula e sua família”.
Leia a nota na íntegra:

VIOLÊNCIA CONTRA LULA: PROMOTOR ANUNCIA DENÚNCIA SEM OUVIR DEFESA

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva examinam as medidas que serão tomadas diante da conduta irregular e arbitrária do promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo. O promotor violou a lei e até o bom senso ao anunciar, pela imprensa, que apresentará denúncia contra o ex-presidente Lula e sua esposa, Marisa Letícia, antes mesmo de ouvi-los. E já antecipou que irá chamá-los a depor apenas para cumprir uma formalidade.

Ao contrário do que acusa o promotor – sem apresentar provas e sem ouvir o contraditório – o ex-presidente Lula e sua esposa jamais ocultaram que esta possui cota de um empreendimento em Guarujá, adquirida da extinta Bancoop e que foi declarada à Receita Federal.

O capital investido nesta cota pode ser restituído ao comprador ou usado como parte na aquisição de um imóvel no empreendimento. Nem Lula nem dona Marisa têm relação direta ou indireta com a transferência dos projetos da extinta Bancoop para empresas incorporadoras (que são várias, e não apenas a OAS).

Não há, portanto, crime de ocultação de patrimônio, muito menos de lavagem de dinheiro. Há apenas mais uma acusação leviana contra Lula e sua família.
A atitude do promotor é incompatível com o estado democrático de direito e com o procedimento imparcial que se espera de um defensor da lei, além de comprometer o prestígio e a dignidade da instituição Ministério Público.

Quanto à revista Veja, que utilizou a entrevista do promotor para mais uma vez ofender e difamar o ex-presidente Lula, será objeto de nova ação judicial por seus repetidos crimes.


Fonte: http://limpinhoecheiroso.com/

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

CORRUPÇÃO DE LONGA DATA: CORRUPÇÃO NA PETROBRAS NA ERA DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO VIRA AÇÃO PENAL


Ao aceitar a DENÚNCIA por conta dos INDÍCIOS de cometimento de crime, com os pagamentos de propina começando no ano de 1999, a JUSTIÇA derruba a argumentação HIPÓCRITA e MENTIROSA de que o chamado PETROLÃO é obra dos governos do PT. NÃO É NÃO ! Bandidos como PEDRO BARUSCO, NESTOR CERVERO, PAULO ROBERTO COSTA, são todos crias do governo de FHC, pois, desde o governo do "sociólogo parisiense", ROUBAM A PETROBRAS.

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Justiça aceita denúncia sobre corrupção na Petrobras na era FHC
Denúncia agora se torna uma ação penal com Duque e Barusco como réus


O juiz substituto da 3ª Vara Federal do Rio, Vitor Barbosa Valpuesta, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal sobre pagamento de propina da empresa holandesa SBM Offshore a funcionários da Petrobras e confirmou que casos de corrupção na estatal começaram por volta de 1999, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

A denúncia foi feita pelos procuradores em dezembro e agora se torna uma ação penal, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo. Os réus são os ex-funcionários da Petrobras Jorge Zelada, Renato Duque, Pedro Barusco e Paulo Roberto Buarque Carneiro, e os ex-representantes da SBM no Brasil Julio Faerman e Luís Eduardo Campos Barbosa.

O juiz Vitor Valpuesta entendeu que há indícios mínimos do cometimento dos crimes apontados, entre eles corrupção ativa, passiva e evasão de divisas. A decisão de abertura da ação foi tomada no dia 13 de janeiro. 

De acordo com o Ministério Público Federal, os pagamentos de propina começaram por volta de 1999, no governo de Fernando Henrique Cardoso, e seguiram até até 2012, passando pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.


O caso começou a ser investigado ainda antes da Operação Lava Jato virar assunto, e por isso corre na Justiça do Rio.

Fonte: http://007bondeblog.blogspot.com.br/

CULTURA: As inesquecíveis Elis Regina e Nara Leão

Neste 19 de janeiro não poderíamos esquecer de duas cantoras fundamentais para a música popular brasileira: Elis Regina e Nara Leão. Há 34 anos, Elis deixava os palcos, mas sua voz e interpretação entravam para a história como uma das melhores cantoras do Brasil. Mais suave e serena, porém igualmente encantadora Nara Leão, se estivesse viva, comemoraria hoje, 74 anos.


Fotomontagem/Vermelho
Elis e NaraElis e Nara

Com apenas 36 anos, mãe de três filhos pequenos, Elis morreu em 19 de janeiro de 1982, causando grande comoção nacional. Mas fascinante era a Elis nos palcos, onde ela interpretava a alegria ou a tristeza como uma atriz brilhante. 

Para homenageá-la no aniversário de sua morte lembramos suas interpretações.


Uma das imagens inesquecíveis de Elis Regina é quando ela se emociona interpretando a belíssima música Atrás da Porta, de Chico Buarque, em uma cena do DVD "Grandes Nomes".
Assista abaixo:

 
 
Outra linda lembrança da cantora é quando faz uma brilhante interpretação da música de Se Eu Quiser Falar Com Deus de Gilberto Gil sem nenhum instrumento, apenas sua voz. Ouça:
 
 
  

"O Bêbado e a Equilibrista" é uma das mais famosas músicas que "gritava" nos ouvidos da covarde ditadura militar que assolou - e assombrou - o Brasil de 1964 a 1985. A música foi composta por Aldir Blanc e João Bosco e lançada no LP "Linha de Passe", em 1979 e gravada por Elis Regina, voz que deu forma à música e ficou conhecidíssima de todo público. 
 
 

Abaixo outra interpetação visceral de Elis Regina para o clássico Tatuagem de Chico Buarque. De 1976.
 

Homenagens em 2016
Neste ano, algumas homenagens estão programadas para homenagear a mulher miúda e de temperamento forte que encatava a todos.

Em maio, o filme Elis chega aos cinemas com a atriz Andreia Horta no papel principal e a participação de Nelson Motta no roteiro. 

Outra novidade é a biografia Elis – nada será como antes, do jornalista Júlio Maria.
 
 Alexandre Schneider/UOL

Ao comemorar 85 anos, a escola de samba paulista Vai Vai foi eleita campeã do ano passado ao levar no dia 15 de fevereiro para a avenida as músicas e o histórico da cantora. A filha de Elis, Maria Rita emocionou o público dançado no sambódromo do Anhembi em São Paulo. 

Nara Leão
Nesta terça-feira (19), a suave Nara Leão completaria 74 anos e, com certeza, cantaria ainda mais serena, sempre lembrando de sucessos da Bossa Nova e descobrindo novos ritmos. Nara reuniu em sua casa grandes nomes da música como Vinicius de Moraes a novos talentos, entre eles, Edu Lobo, Carlos Lyra e Toquinho.

Nara era assim, suave e cheia de energia. Morreu muito jovem, aos 47 anos.

A Agência Brasil fez uma homenagem à cantora nesta terça (19). Confira abaixo Fumaça nos Olhos, Chega de Saudade e Odeon na voz da cantora que transitava entre estilos e abriu caminho para novos talentos. 

Ouça a homenagem a Nara Leão.

A suavidade de Nara Leão com Roberto Menescal na TV japonesa: "Samba de uma nota só" e "Samba do Avião". Abaixo:
 
 

Festival da Record de 1967, Cantam Nara Leão e Elis Regina:
 


Do Portal Vermelho, Eliz Brandão