terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

"EITA BEXIGA!" - Eduardo Vasconcelos. Senado oferece carros oficiais a servidores em funções privilegiadas

Por Robson Pires,
Agraciados com remunerações tão robustas quanto às dos senadores da República, servidores de carreira que exercem funções privilegiadas na Casa também têm direito ao uso de carros de natureza especial, assim como os parlamentares. Os veículos são destinados à diretora-geral, Ilana Trombka, e ao secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira Mello. A utilização está prevista no Regulamento Administrativo.
Os carros pretos que circulam por Brasília ostentando placas oficiais do Senado são garantidos por um contrato milionário firmado em 21 de julho de 2017 com a empresa Quality Frotas, sediada na Zona Industrial do Guará, região administrativa do Distrito Federal. Com vigência de dois anos e meio, o aluguel de até 85 veículos vai custar, no total, R$ 8,6 milhões aos cofres públicos.
Na fatura referente ao mês de janeiro de 2019 consta a locação de 79 carros do modelo Nissan Sentra, com custo de R$ 259 mil, e de dois veículos modelo Hyundai New Azera, a R$ 14 mil. Os dois automóveis de luxo, cujo valor médio de mercado é R$ 148 mil, são classificados como “veículos de representação”, de uso exclusivo da presidência do Senado, ocupada atualmente por Davi Alcolumbre (DEM), e de sua segurança.
Os benefícios usufruídos por servidores ligados à elite parlamentar se misturam com os daqueles que passaram pelo crivo da população nas eleições. Uma reportagem da revista Crusoé publicada na sexta-feira (22/2) mostra que Bandeira ocupa um imóvel funcional de uso exclusivo de senadores desde 2017. O apartamento tem 260 metros e está localizado na Asa Sul, área nobre de Brasília. De acordo com a publicação, o caso foi tratado em duas auditorias internas da Casa.
Conforme revelado pelo Metrópoles, o secretário-geral e Ilana estão no seleto grupo de servidores que possuem acesso à comodidade do cartão corporativo. A compra de suplementos alimentares como whey protein ligada a Bandeira também foi alvo de auditoria. Ilana, por sua vez, foi a servidora com o segundo maior gasto em 2018, no valor de R$ R$ 62.083,66.
Funcionários ouvidos sob condição de anonimato disseram que um veículo de modelo Corolla seria de uso da Secretaria-Geral da Mesa (SGM). Questionado, o Senado destacou que o carro à disposição da SGM é de modelo Nissan Sentra, semelhante ao usado pelos parlamentares, informação que foi confirmada por Bandeira à reportagem.
O valor do aluguel não inclui o serviço de motoristas e funcionários deslocados para dirigir os veículos oficiais, o que torna o custo do transporte ainda maior. Lotados na SGM, os comissionados Carlos Henrique Santos Passos e Jaerson Dias de Souza, por exemplo, exercem a função pelas remunerações básicas de R$ 5.735,93 e R$ 8.996,28, respectivamente. De acordo com Bandeira, Jaerson auxilia também em atividades administrativas do plenário.
As informações são do portal Metrópoles.

PERSEGUIÇÃO SELETIVA Em audiência à PF, Lula diz que não incitou ocupação do tríplex pelo MTST

manoelcaetano.jpg
Caetano: “Força de expressão ao dizer que, se o apartamento fosse dele, Guilherme Boulos e seu pessoal poderiam ocupar”
Segundo advogado de ex-presidente, Lula falou durante 10 minutos à delegada da PF que investiga a ocupação da unidade do Edifício Solaris, no Guarujá, pelo movimento em abril de 2018.
São Paulo – A delegada Luciana Fuschini, da Polícia Federal (PF), ouviu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã de hoje (26), para que ele prestasse esclarecimentos sobre a ocupação do tríplex do Edifício Solaris, no Guarujá, em abril de 2018, por representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), em ato de protesto contra a prisão de Lula sem provas de que o apartamento fosse sua propriedade. Após o depoimento, o advogado de Lula, Manoel Caetano Ferreira, falou à imprensa em Curitiba, onde Lula está preso desde 7 de abril de 2018.
“A audiência foi rápida e durou cerca de 10 minutos. A delegada queria que ele esclarecesse o que queria dizer no dia do discurso em São Paulo, e ele disse que estava num momento de indignação pela injusta condenação pelo TRF4”, explicou o advogado. “Foi uma força de expressão que utilizou ao dizer que, se o apartamento fosse dele, o Guilherme Boulos e seu pessoal poderiam ocupar.”
Antes da prisão, em um discurso na capital paulista, Lula ironizou sua condenação, dizendo que, “se eles me condenaram, me deem pelo menos o apartamento. Eu até já pedi para o Guilherme Boulos mandar o pessoal dele ocupar aquele apartamento. Já que é meu, ocupem”.
Como Lula não conversou com Boulos após esse discurso, ele não incitou a ocupação. Ele apenas  fez a referência num discurso que durou mais de meia hora e esse trecho tem seis segundos”, afirmou Caetano Ferreira.
Questionado se considera um exagero a delegada querer um depoimento, o advogado respondeu que a contribuição que Lula poderia dar ao inquérito relativo à ocupação do condomínio pelo MTST é “praticamente nenhuma”. “A polícia está fazendo seu papel de investigar uma ocupação que houve, mas o presidente não tinha nada que pudesse ajudar no esclarecimento.” A ocupação do condomínio em 16 de abril ocorreu nove dias depois da prisão de Lula.
Fonte: Rede Brasil Atual - RBA

Procuradoria pede cassação de ‘Moro de saias’ por caixa dois de R$ 1,2 mi

Ela
Procurador-regional eleitoral em Mato Grosso Batista Leite requer ainda novas eleições para a cadeira de senador do Estado

O procurador-regional eleitoral de Mato Grosso Raul Batista Leite pediu a cassação do diploma da senadora Selma Arruda (PSL) por suposto caixa dois de R$ 1,2 milhão e a realização de novas eleições para a cadeira do Estado no Senado. Segundo a quebra de sigilo, os valores, que foram gastos pela ex-juíza em sua campanha, haviam sido transferidos por seu primeiro suplente, Gilberto Possamai.

Selma ficou famosa em Mato Grosso como ‘Sérgio Moro de saias’, por sua pena pesada em ações criminais contra políticos e servidores públicos. Ela mandou prender o ex-governador Silval Barbosa (MT) e empresários influentes no Estado, em 2017. Selma também condenou a 26 anos e sete meses de prisão o ex-deputado José Riva por ‘escabroso esquema’ na presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Nas eleições de 2018, ela foi eleita com 678 mil votos, e declarou bens no valor de R$ 1,4 milhão.

As investigações se iniciaram quando a senadora fez gastos de campanha incompatíveis com seu patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral. Após a quebra de seu sigilo, foram identificadas transações de Possamai e sua esposa, Adriana, para a conta de Selma.

“Dessa fonte ilícita, Selma Arruda efetuou uma doação (como se de recursos próprios fosse – Recibo nº 001700500000MT000101E e do Demonstrativo de Receitas Financeiras – prestação de contas) no valor de R$ 188.000,00 para a conta oficial de campanha”, diz o Procurador.

O Ministério Público Eleitoral ressalta que ainda em abril de 2018, pouco tempo antes das eleições, Selma ‘detinha saldo bancário negativo (R$ -2.638,31), o que comprova matematicamente que o valor acima está amparado no suposto mútuo de R$ 1.500.000,00, obtido junto a Gilberto Possamai’.

“O valor envolvido não se direcionou a pagar atos ordinários da vida civil da candidata. A quantia auferia visou a, única e exclusivamente, “adiantar” as chances da candidata o pleito eleitoral. A cifra de R$ 1.500.000,00 alimentou a conta oficial de campanha (em quantidade ínfima – R$ 188.000,00) e serviu primordialmente à contabilidade paralela, a despesas não declaradas, com o fito de desequilibrar o pleito antes do início da disputa (pré-campanha). Em sábia linguagem popular, a representada “queimou na largada””, afirma a Procuradoria.

O procurador ainda diz que ‘o investigado Gilberto Possamai, ’em data posterior ao suposto mútuo celebrado com Selma Arruda, conforme quebra de sigilo bancário (retrocitada) e documento abaixo, efetuou pagamentos (não contabilizados) de R$ 150.000,00 e R$ 120.000,00 – vide relatório SIMBA (ID 1055322) – diretamente à Genius At Work Produções Cinematográficas LTDA e a KGM Assessoria Institucional, respectivamente, para quitar parte de débito contraído pela candidata Selma Arruda junto aos fornecedores’.

“Nessa senda, toda a chapa encabeçada pela candidatura de Selma Arruda restou beneficiada pelo abuso de poder econômico e pelos gastos ilícitos de campanha, havendo de ser cassada em sua integralidade”, sustenta a Procuradoria.

A senadora afirmou que não vai comentar o pedido da Procuradoria.

Luiz Vassallo 
No Estadão

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Dallagnol sai em defesa de Moro e diz que Caixa 2 “nem sempre é corrupção”

Dallagnon e Sérgio Moro (Foto: Arquivo)
"Há casos sem prova de contrapartida, ou seja, é doação ou não foi possível provar corrupção como raiz do pagamento", tuitou o procurador da Lava Jato, defendendo o fatiamento do pacote anticrime de Sérgio Moro.

Principal comandante do braço do Ministério Público na Operação Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol saiu em defesa do amigo, ex-juiz e atual ministro da Defesa, Sérgio Moro, nesta quinta-feira (21) e disse que a prática de Caixa 2 “nem sempre é corrupção”

“O propósito de criminalizar caixa 2 de modo independente decorre do fato de q nem sempre é corrupção – há casos sem prova de contrapartida, ou seja, é doação ou não foi possível provar corrupção como raiz do pagamento. Ou seja, a previsão endurece o tratamento de práticas escusas (SIC)”, tuitou Dallagnol, sobre o desmembramento do crime de caixa 2 do chamado pacote anticrime apresentado por Moro.

Sua análise está correta, salvo ao apontar divergência. Corrupção diz respeito à origem do dinheiro ou razão do pgto. Caixa 2 eleitoral diz respeito ao destino ou como o dinheiro é usado. São 2 condutas distintas, mas na prática política muito relacionadas. É o que digo há anos.
O propósito de criminalizar caixa 2 de modo independente decorre do fato de q nem sempre é corrupção - há casos sem prova de contrapartida, ou seja, é doação ou não foi possível provar corrupção como raiz do pagamento. Ou seja, a previsão endurece o tratamento de práticas escusas

494 pessoas estão falando sobre isso
Agora ministro, o ex-juiz mudou de ideia sobre o assunto nesta terça-feira (19), após ficar sensibilizado com os apelos dos parlamentares para retirada do caixa 2 do projeto apresento ao Congresso.
Em reportagem publicada em 2017, o então juiz da Lava Jato, declarou em uma palestra para estudantes brasileiros na Universidade de Harvard, que o caixa 2 era “pior do que a corrupção”.
No entanto, na última terça-feira (19), Moro disse o seguinte: “Caixa 2 não é corrupção. Existe o crime de corrupção e o crime de caixa 2. Os dois crimes são graves”, afirmou, durante breve coletiva, depois do anúncio do “fatiamento” dos projetos anticrimes do governo.
““Houve reclamações por parte de agentes políticos de que o caixa 2 é um crime grave, mas não tem a mesma gravidade corrupção, que crime organizado e crimes violentos. Então, acabamos optando por colocar a criminalização num projeto à parte”, disse o ministro.

Fonte Revista Fórum
Adaptado pelo CPC/RN, em 21/02/2019.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

50 dias do governo Bolsonaro: uma ópera-bufa em sete atos

Chamuscado por um início de tropeços e crises, o presidente entra fragilizado nas discussões com o Congresso.

O governo de Jair Bolsonaro completa 50 dias nesta segunda-feira 18. Mas é tanto recuo, tanto bate-cabeça, tanta intriga e tanta crise que o tempo parece outro: uns cinco anos, alguém diria. Destaque para a degola de um de seus homens fortes, o aprofundamento do caso Queiroz e a revelação de um esquema de candidaturas laranja no PSL.
Chamuscado por um início cheio de tropeços e o estouro precoce de crises públicas e privadas, o presidente chega fragilizado à disputa com o Congresso – embora beneficiado pelo acordo com Rodrigo Maia e pela vitória contra Renan Calheiros.
As promessas anticorrupção e de pujança econômica pouco avançaram. Mudanças econômicas pontuais já causam desconforto: a fim da taxa sobre o leite importado, por exemplo, enfureceu a bancada ruralista. 
A tal nova era traz práticas antiquíssimas, patrimonialismo e tramoias típicas do baixo clero. De concreto, pouco resta além da explosão da violência ligada ao machismo, ao racismo e LGBTfobia.
Confira a seguir.

1. Os filhos-problema

(FOTO: ROBERTO JAYME/ASCOM/TSE)
As leis anti-nepotismo não impedem que os três filhos mais velhos de Jair Bolsonaro tenham voz dentro do governo. Mas, nos últimos dias, Carlos, Flávio e Eduardo têm trazido mais problemas do que alegrias ao pai.
Embora tenha cargo de vereador no Rio de Janeiro, Carlos atua mesmo como consultor do capitão. Se intromete nas discussões do governo, ataca a imprensa e, mais recentemente, protagonizou a fritura pública de Gustavo Bebianno.
O caçula Eduardo, que costumava fazer dobradinhas com o pai no Congresso, tem se dedicado a tirar do papel uma versão à direita do que ele imagina ser o Foro de São Paulo.
O mais discreto dos três é Flavio, eleito senador, que está enrolado até o pescoço com as descobertas do MP carioca sobre a relação dele com o seu ex-assessor, Fabrício Queiroz.  É questão de tempo para que os problemas dos pimpolhos atinjam o presidente.

2. O vice intrigante

Mesmo que Bolsonaro não tenha passado a caneta ao vice enquanto ficou no hospital, Mourão roubou a cena. Durante as semanas de ausência, o general acenou às centrais sindicais, recebe líderes internacional, deu declarações à imprensa sobre os mais diversos assuntos – chegou até a confidenciar a posição liberal em relação ao aborto.
Esses quase dois meses serviram ao General Mourão sedimentou sua fama de ente razoável do governo. Seria o general um defensor do livre pensar? Ou trata-se uma tática para pavimentar o próprio caminho em caso de um desgaste incontornável do chefe? A conferir.

3. A ala delirante

VÉLEZ, DAMARES E ARAÚJO: OLAVISMO NO ALTO-ESCALÃO DO GOVERNO (FOTO: REPRODUÇÃO/TWITTER)
Não fosse tão retrógrada, a ‘ala ideológica’ dos ministérios ofereceria um alívio cômico diante de tantos escândalos. De um lado Damares Alves apela aos temores mais esdrúxulos para atacar o feminismo e o movimento LGBT. De outro, impede inspeções anti-tortura em presídios cearenses.
Ricardo Vélez, um método arcaico na alfabetização. Diz que as faculdades devem ficar restritas a uma ‘elite’, prometeu ênfase em educação moral e cívica nas escolas. Sua iniciativa mais recente é o anúncio de uma ‘Lava Jato na educação’, em parceria com Sérgio Moro.
Ernesto Araújo também se destaca pelas declarações estapafúrdias e a cruzada quixotesca contra o globalismo. De concreto até agora, o MRE joga lenha na crise venezuelana e tirou a América Latina do currículo do Instituto Rio Branco. Também deve apresentar em breve um passaporte sem a logo do Mercosul. Prioridades são prioridades.

4. Os agentes laranja

Na semana passada, uma reportagem da Folha revelou que o PSL usava  a cota de 30% da candidatura de mulheres para engordar as campanhas das velhas raposas do partido, nas chamadas candidaturas laranja.
Gustavo Bebianno, então presidente do PSL, autorizou o envio de 400 mil reais a uma candidata de Pernambuco – mesmo estado de Luciano Bivar, o cacique do partido. O montante foi declarado a uma gráfica fantasma.
Outro pivô do esquema é o ministro Marcelo Álvaro Antonio, do Turismo. Por indicação dele, o presidente do PSL mineiro repassou 279 mil reais a quatro candidatas. Diferente do advogado, Antonio segue firme no governo.

5. PSL em convulsão

A crise do PSL também respinga dentro das cercanias do planalto. O partido cresceu exponencialmente nas últimas eleições – passou de 8 para 46 deputados. Mas esbarra na falta de habilidade política e no estrelismo de alguns dos recém-eleitos. O líder do Delegado Waldir (GO), pena para costurar alianças. A promessa de um grande partido da direita fica cada vez mais longe, tanto é que os filhos do presidente ensaiam até migrar para a morta-viva UDN, a ser recriada sob a égide bolsonarista.

6. Generais à espreita (e o papa comunista)

Enquanto Mourão assume a interlocução pública, os generais representam uma espécie de ‘tutela informal’ em meio a tantas crises. Além do vice, são oito em posições de chefia no alto-escalão: Augusto Heleno (GSI), Santos Cruz (Secretaria de Governo), Azevedo e Silva (Defesa), Costa Lima (Minas e Energia), Guilherme Theophilo (Secretaria de Segurança Pública), Maynard Santa Rosa (Secretaria de Assuntos Estratégicos).
A sanha controladora ficou explícita na descoberta de que, sob comando de Heleno, a Abin e o GSI mantinham relatórios de arapongagem contra a Igreja Católica.

7. A ameaça Bebianno

BOLSONARO CUMPRIMENTA BEBIANNO NA POSSE: DEMISSÃO NÃO ENCERRA O CASO (FOTO: MARCOS CORRÊA/PR)
Eis a baixa mais recente e talvez a mais importante até agora. Desde o estouro do laranjagate, a relação de Bebianno e Bolsonaro azedou e o enrosco custou-lhe o cargo. A degola virou uma novela que já se arrasta por cinco dias: primeiro Carlos Bolsonaro fritou Bebianno publicamente, chamando de ‘mentiroso’.
O pai assentiu e decidiu dispensar seu brancaleone, segundo divulgaram aliados ainda na sexta. No fim de semana, Bebianno fez saber sua decepção e testou na imprensa seu o poder de fogo contra o presidente. Como chefe de campanha, deve guardar informações das quais Bolsonaro não quer ser lembrado.


O fim definitivo veio só na noite de segunda, quando porta-voz da Presidência confirmou a exoneração. O substituto é um general: o oitavo com status de ministro no governo.
Fonte: Carta Capital

URGENTE: Gustavo Bebianno divulga áudios mostrando que Conversou com Bol...


Superlua desta terça (19) ficou 14% maior e 30% mais brilhante

É a maior lua cheia do ano. O satélite ficou 14% maior e 30% mais brilhante.
Esta sendo a segunda vez que o fenômeno ocorre neste ano, sendo a maior delas – a primeira ocorreu em 21 de janeiro. E não será a última.
Por Robson Pires

A pedido da PF, Justiça solta presidente da CNI

Por Robson Pires
A pedido da Polícia Federal, a Justiça Federal de Pernambuco mandou soltar o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, alvo da Operação Fantoche, deflagrada contra supostas fraudes no sistema S e no Ministério do Turismo. Ele havia sido preso ainda na manhã nesta terça, 19. Segundo informações da Justiça, a PF fez o pedido de soltura após a conclusão de buscas e apreensões em endereços ligados a ele e outros investigados.
Também foram soltos o presidente da Fiepe, Ricardo Essinger, o presidente do Sesi de Alagoas, José Carlos Lira Andrade, o presidente da Fiep, Francisco de Assis Benevides Gadelha, além do empresário Hebron Costa Cruz de Oliveira.
Responsável pela representação da indústria do Brasil, a CNI é o órgão máximo do sistema sindical patronal da indústria e atua em articulação com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de entidades no Brasil e no exterior.

Plenário da Câmara aprova suspensão de decreto sobre sigilo de documentos













O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 3/19, do deputado Aliel Machado (PSB-PR) e outros. Esse projeto suspende os efeitos do Decreto 9.690/19, o qual atribui a outras autoridades, inclusive ocupantes de cargos comissionados, a competência para classificação de informações públicas nos graus de sigilo ultrassecreto ou secreto. A matéria irá ao Senado.
Até então, a classificação de informações públicas como ultrassecretas era exclusiva do presidente e do vice-presidente da República, ministros e autoridades equivalentes, comandantes das Forças Armadas e chefes de missões diplomáticas no exterior.
Por Robson Pires

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Bolsonaristas articulam “golpe do pijama” para antecipar aposentadoria no STF

Sessão do Supremo Tribunal Federal (Divulgação/STF)
Manobra pode reduzir de 75 para 70 anos a idade de aposentadoria e tiraria da Corte Celso de Mello, Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, que seriam substituídos ainda durante o governo Bolsonaro.
Reportagem de Bruno Boghossian, na edição desta quarta-feira (13) da Folha de S.Paulo, informa que a base aliada de Jair Bolsonaro (PSL) no Congresso Nacional querem mudar a Constituição para antecipar a aposentadoria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de 75 anos para 70 anos.
O chamado “golpe do pijama” tiraria da Corte Celso de Mello, Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, que seriam substituídos ainda durante o governo Bolsonaro, mudando o equilibrio do tribunal sem precisar chamar um cabo e um soldado.
Bolsonaristas colhem assinaturas de apoio ao projeto. A deputada Bia Kicis (PSL) subiu à tribuna nesta terça (12) para dizer que a proposta atende ao “clamor das redes sociais”.
A manobra é mais do que oportunista. Em 2015, o Congresso aprovou a PEC da Bengala, que aumentou a idade de aposentadoria no Judiciário para 75 anos para impedir Dilma Rousseff (PT) de fazer novas indicações para o STF. Bolsonaro votou a favor da proposta.
Fonte: Revista Fórum

Supremo deve julgar hoje ação para criminalizar homofobia

Por ROBSON PIRES
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar hoje, 13, uma ação protocolada pelo PPS para criminalizar a homofobia, que é caracterizada pelo preconceito contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais). Em tramitação na Corte desde 2013, a ação é relatado pelo ministro Celso de Mello.
Ontem, 12, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, recebeu integrantes das comunidades evangélica e LGBT. A Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26, ajuizada pelo PPS, pede a equiparação da homofobia e transfobia ao crime de racismo.
“Todas as formas de homofobia e transfobia devem ser punidas com o mesmo rigor aplicado atualmente pela Lei de Racismo, sob pena de hierarquização de opressões decorrentes da punição mais severa de determinada opressão relativamente à outra”, diz a ação.
Em outra ação, que será analisada em conjunto com a do PPS, um mandado de injunção, a ABGLT, pede que o Supremo reconheça ser um crime específico de homofobia.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

DIÁLOGOS DA FÉ - Sabrina, Dorothy, Marielle: bem-aventuradas as que lutam por justiça



A histórias dessas três mártires se encontram pela fés

A notícia da morte de Sabrina Bittencourt, ativista dos direitos humanos, reponsável por denunciar líderes religiosos que cometem crimes sexuais, veio em um mês especialmente triste. Há 14 anos, a missionária Dorothy Stang foi executada com seis tiros, um deles na cabeça. E há um ano, a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram brutalmente assassinados. Até hoje não se sabe quem matou e quem mandou matar.
Bittencourt denunciara vários casos de abuso sexual no País, inclusive aqueles cometidos pelo guru Prem Baba e pelo médium João de “Deus”. Somente no Brasil, segundo ativistas ligados as duas organizações, são 185 as denúncias contra 13 líderes espirituais em fase de apuração.
A ativista foi criada em uma família mórmon, abusada desde os quatro anos de idade por integrantes da igreja frequentada pelos familiares. Aos 16, ficou grávida de um dos estupradores.
Dorothy Stang foi uma religiosa norte-americana naturalizada brasileira. Ingressou na vida religiosa em 1950, emitindo seus votos perpétuos – pobreza, castidade e obediência.
Professora em escolas da congregação, ainda na década de 1966 iniciou seu ministério no Brasil, na cidade de Coroatá, no Maranhão, escolhendo atuar perto dos trabalhadores rurais da Região do Xingu, contribuindo na minimização dos conflitos fundiários na região.
Participou da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde a sua fundação e acompanhou com determinação e solidariedade a vida e a luta dos trabalhadores do campo.

Marielle

Marielle, citada por Bittencourt antes de morrer, era de criação católica e muito próxima das religiões de matriz africana, nasceu e cresceu em uma favela do Complexo da Maré, no subúrbio carioca. Foi socióloga, política, feminista e defensora dos direitos humanos.
Crítica da intervenção federal no Rio de Janeiro e da Polícia Militar, denunciava constantemente abusos de autoridade por parte de policiais contra moradores/as de comunidades empobrecidas. Atuava também com familiares de policiais vítimas da mesma violência.
A história dessas três mártires se encontram pela fé – que é um dos mais importantes fundamentos da vida religiosa, mas que está além da sua definição e delimitação – assim como a de milhares de mulheres que lutam, diária e cotidianamente contra o machismo, o patriarcado, o ódio e a violência, inclusive dentro dos espaços sagrados.
Essas mulheres, missionárias do amor e porta-vozes da esperança, não findam com a morte – como gostaria seus algozes -, mas revelam a fragilidade da vida e a coragem daquelas que acreditaram poder transformar o mundo num lugar mais justo, mais amoroso e livre de todos os tipos de abusos e opressões.
Finalizo com o exemplo da irmã Dorothy, que, segundo uma testemunha, antes de ser assassinada, ao ser indagada se estava armada, respondeu: “Eis a minha arma!”, antes de mostrar a a Bíblia, lendo em seguida alguns versículos das bem-aventuranças para aquele que logo em seguida lhe mataria.
Marielle, presente!
Sabrina, presente!


Dorothy, presente!
Fonte: CARTA CAPITAL