quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Grupo Globo surpreso: Novo delator confirma propina da Globo à CBF


A TV Globo voltou a ser acusada de pagar propina a dirigentes por direitos de transmissão de jogos de futebol.

Durante o julgamento do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin no escândalo de corrupção da Fifa, o empresário José Eladio Rodríguez disse que a T&T, uma offshore da Torneos y Competencias, foi criada na Holanda para receber pagamentos de grupos de mídia, entre eles a emissora brasileira, que então seriam desviados aos chefes do futebol.

Rodríguez foi braço-direito de Alexandre Burzaco, que já acusou a Globo de ter pago US$ 15 milhões de suborno para os direitos 2026 e 2030 da Copa do Mundo.  

Rodríguez citou José Maria Marin como um dos que receberam propina, e ainda Marco Polo Del Nero, atual chefe do futebol brasileiro, e Ricardo Teixeira, que abandonou o mesmo cargo há cinco anos sob uma série de suspeitas.

Nas planilhas da contabilidade paralela da Torneos y Competencias, examinadas em detalhe pela acusação diante do júri, os cartolas apareciam sob o nome "iluminados". Era a designação secreta de Rodríguez para destinatários de pagamentos -durante anos, a testemunha foi responsável por executar as transferências seguindo as instruções de seu ex-chefe.

Nos exercícios fiscais sob a rubrica "iluminados", a palavra Globo aparece pelo menos quatro vezes, associada a pagamentos que chegam a US$ 12,8 milhões relativos aos direitos da Libertadores e da Copa Sul-Americana.

Rodríguez reconheceu diante do júri a mesma troca de e-mails com o ex-chefe em que discutiam a impaciência de Marin e Del Nero, irritados com a demora para receber seus pagamentos – os cartolas, segundo documentos da Torneos, recebiam US$ 600 mil, valor depois atualizado para US$ 900 mil por ano, relativos à manutenção dos contratos de transmissão dos campeonatos da Conmebol.

Rodríguez reconheceu também Alexandre da Silveira, secretário pessoal de Del Nero, e José Hawilla, o brasileiro dono da Traffic, empresa de marketing esportivo, em fotografias mostradas pela acusação.



No 247

fonte: contextolivre.com.br

PRESIDENTE DO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA PARTICIPA DA PLENÁRIA DA FASUBRA APÓS ATOS PROMOVIDOS EM BRASÍLIA

 Eduardo Vasconcelos - CPC/RN parabeniza as últimas ações recentemente promovida pela FASUBRA, que com essa ação garantiu em breve uma reunião com os Ministérios do Planejamento e da Educação

Momento da aprovação do relatório/Ata. 4 horas de debates, presentes aprovam relatório feito pela FASUBRA

Gibran Jordão finalizando/lendo o relatório final das últimas ações da FASUBRA (28 e 29/11)
 Plenária na FASUBRA realizada ontem (29) no auditório do SINTFUB
 ROBERTO LUIZ (Robertinho) - SINTEST/RN-FASUBRA fazendo suas intervenções a favor dos trabalhadores e prestando conta de suas ações nos últimos 3 dias...Um Guerreiro!
 Comando de greve e representantes dos estados.
 Robertinho - SINTEST/RN-FASUBRA fazendo suas intervenções a favor dos trabalhadores e prestando conta de suas ações nos últimos 3 dias...Um Guerreiro!

Ontem (29), o Presidente do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, Eduardo Vasconcelos a convite da Plenária de Avaliação das últimas ações promovidas pela FASUBRA (Federação de Sindicatos de Trabalhadores de Técnicos administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil). A Plenária aconteceu no auditório do SINTFUB - (Sindicato dos Trabalhadores da Fundação  Universidade de Brasília - UNB), inicio da tarde.

Após dezenas de intervenções dos presentes, foi aprovado o relatório de avaliação das ações dos últimos dias (27 e 28/11) e agenda dos próximos 10 dias.

É bom que o SINTEST/RN foi uma das maiores delegações a fazer presente aos dois atos promovido e convocado pela FASUBRA.

O resultado foi positivo, pois logo no dia 27 e 28 de novembro, pois foram recebidos pelo secretário  do Ministério do Planejamento, onde o mesmo se prontificou após reunião com o comando de greve/FASUBRA a marcar em duas semanas uma nova reunião com a presença do MEC e a outra vitória foi a audiência no dia 28 com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que "se prontificou-se" a encaminhar as propostas da FASUBRA com relação a Previdência Social.

Para Eduardo Vasconcelos os atos foram positivos, onde milhares de trabalhadores na educação superior junta-se e siaram vitoriosos, onde a sociedade os apoiaram.  Nova ações virão para que mais e mais universidades tomem suas decisões de aderirem a GREVE GERAL, única forma de "forçar" o Governo Federal negociar com o Comando de Geral de Greve e o CPC/RN apoia essa luta da FASUBRA e dos sindicatos envolvidos nessa ação. Concluiu Eduardo Vasconcelos.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Revolta da Chibata

revolta
Revolta da Chibata foi um importante movimento social ocorrido, no início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro. Começou no dia 22 de novembro de 1910.
Neste período, os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos físicos. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou uma intensa revolta entre os marinheiros.
Causas da revolta 
O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros, desencadeou a revolta.
O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo. O clima ficou tenso e perigoso.
Reivindicações
joao-candido
O líder da revolta, João Cândido (conhecido como o Almirante Negro), redigiu a carta reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os revoltosos ameaçavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil).




Segunda revolta 
Diante da grave situação, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos. Porém, após os marinheiros terem entregues as armas e embarcações, o presidente solicitou a expulsão de alguns revoltosos. A insatisfação retornou e, no começo de dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda revolta foi fortemente reprimida pelo governo, sendo que vários marinheiros foram presos em celas subterrâneas da Fortaleza da Ilha das Cobras. Neste local, onde as condições de vida eram desumanas, alguns prisioneiros faleceram. Outros revoltosos presos foram enviados para a Amazônia, onde deveriam prestar trabalhos forçados na produção de borracha.
O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com outros marinheiros que participaram da revolta.
Conclusão: podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação de insatisfação ocorrida no início da República. Embora pretendessem implantar um sistema político-econômico moderno no país, os republicanos trataram os problemas sociais como “casos de polícia”. Não havia negociação ou busca de soluções com entendimento. O governo quase sempre usou a força das armas para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares.
João Cândido Felisberto nasceu no Rio Grande do Sul, no dia 24 de Junho de 1880. Seus pais eram escravos, ele desde pequeno ele costumava acompanhar seu pai quando este viajava conduzindo o gado.
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João Cândido começou sua participação política cedo, aos 13 anos apenas, quando lutou a serviço do governo na Revolução Federalista do Rio Grande do Sul, no ano de 1893. Com 14 anos se alistou no Arsenal de Guerra do Exército e com 15 entrou para a Escola de Aprendizes Marinheiros de Porto Alegre. Cinco anos depois foi promovido a marinheiro de primeira classe e com 21 anos, em 1903, foi promovido a cabo-de-esquadra, tendo sido depois novamente rebaixado a marinheiro de primeira classe por ter introduzido no navio um jogo de baralho. Serviu na Marinha do Brasil por 15 anos, tempo durante o qual viajou por este e outros países.

Participou e comandou a Revolta dos Marinheiros do Rio de Janeiro (Revolta da Chibata) no ano de 1910, movimento que trouxe benefícios aos marinheiros, com o fim dos castigos corporais na Marinha, mas que trouxe prejuízos a João Cândido, que foi expulso e renegado, vindo a trabalhar como timoneiro e carregador em algumas embarcações particulares, sendo depois demitido definitivamente de todos os serviços da Marinha por intervenção de alguns oficiais.
No ano de 1917, ano em que sua primeira esposa faleceu, começou a trabalhar como pescador para sustentar a família, vivendo na miséria até os seus últimos dias de vida. Casou-se novamente, mas sua segunda esposa cometeu suicídio no ano de 1928. Dez anos depois a tragédia voltaria a acontecer, mas desta vez com uma de suas filhas. Ao todo foram três casamentos, tendo o último durado até o fim de sua vida, dia 06 de Dezembro de 1969.
Atuou na política durante toda a sua vida. Durante o governo de Vargas teve contato com o líder da Ação Integralista Brasileira (AIB) e com o Partido Comunista, chegou a ser preso por suspeita de relacionamento com os integrantes da Aliança Liberal e até o fim da sua vida continuou sendo “vigiado” pelas autoridades, sendo acusado de subversivo.
O “Almirante Negro”, como João Cândido ficou conhecido, morreu aos 89 anos e teve ao todo 11 filhos ao longo dos três casamentos. Faleceu na cidade de São João do Meriti, no Rio de Janeiro.
 Fonte: Brasil Cultura

Rachado, PSDB decide não fechar questão sobre reforma da Previdência

 



A decisão foi confirmada pelo presidente interino do PSDB, Alberto Goldman. A reunião foi convocada para discutir como a sigla se comportará na votação da reforma da Previdência na Câmara. E é exatamente na Câmara onde reside o maior racha tucano com relação à permanência ou não no governo de Michel Temer.

Apesar de ser um dos principais defensores da reforma da Previdência, incluindo o tema na pauta entregue ao governo Temer como uma das condicionantes do apoio ao governo do qual é fiador, o PSDB apenas recomenda a aprovação, diferente do fechamento de questão, que obrigaria os parlamentares a votar de acordo com a decisão do partido, sob pena de sofrer sanções, entre as quais a expulsão.

Goldman tentou justificar a decisão dizendo que, para fechar questão, seria necessária uma reunião entre a bancada do partido na Câmara e a comissão executiva. Segundo ele, essa reunião ainda pode ocorrer, mas não se decidiu a respeito.

"Do ponto de vista político, entendemos que neste momento cabe apenas a recomendação, e o trabalho politico vai ser feito dentro da bancada para que tenhamos, senão a unanimidade, o máximo possível da posição unitária do partido", afirmou Goldman

Ele fez questão de dizer que a decisão não representa um recuo do PSDB a respeito sobre a reforma da Previdência.

“Não é um recuo do PSDB. É uma consideração que o partido faz com a realidade que existe no Congresso. Nós continuamos com a mesma posição, mas entendemos”, declarou. 


Do Portal Vermelho, com informações de agências

Sarney no comando: Flávio Dino é a primeira vítima da mudança na direção da PF


O novo diretor da Polícia Federal chama-se Fernando Segóvia, ex-superintendente da PF no Maranhão durante o governo Roseana Sarney. Diferentes fontes garantem que seu nome foi sacramentado no cargo após um jantar entre o presidente Michel Temer e o ex-presidente José Sarney, aquele cujo domínio da política maranhense durou 50 anos.
Se alguém tinha dúvida de que a nomeação de Segóvia não tinha sido política e que as relações dele com Sarney e o PMDB não iriam politizar as ações do órgão, pode ir tirando o cavalinho da chuva.
Ontem a PF realizou no Maranhão a “Operação Pegadores”, um desdobramento da “Operação Sermão ao Peixes”, que apura fraudes no sistema estadual de saúde iniciadas em 2012, quando o secretário de Saúde, do governo Roseana Sarney, era Ricardo Murad (PRP), cunhado dela.
Só que nesta nova etapa, Murad que era citado pela PF como líder da organização criminosa que teria desviado cerca de R$ 1,2 bilhão da saúde estadual, ficou de fora das investigações.
Mais do que isso, a operação policial foi toda costurada com os grupos de comunicação locais ligados à Sarney para transformar Dino num ladrão de dinheiro da saúde. E para atacar secretários importantes do seu governo, como Márcio Jerry, também do PCdoB.
Entre outras acusações, a delegada responsável da operação diz ter achado mais de 400 funcionários fantasmas na saúde, mas não apresentou a respectiva relação de nomes. O governador Flávio Dino já requereu formalmente os nomes da suposta lista. “Estamos esperando a lista dos alegados 400 fantasmas, para verificar se isso procede, quem foi o responsável, em qual época e por qual motivo”, escreveu Dino em suas redes sociais.
A operação da PF ainda acusa o governo atual de contratar para prestar serviços à saúde uma antiga sorveteria, que teria emitido notas fiscais frias, que permitiram o desvio de R$ 1.254.409,37 (hum milhão, duzentos e cinquenta e quatro mil, quatrocentos e nove reais e trinta e sete centavos).
Até o momento, porém, não teria sido apresentado pela PF nenhum contrato assinado por qualquer autoridade do governo Dino com a tal sorveteria que teria virado empresa médica.
Ou seja, está claro que Flávio Dino vai comer o pão que o diabo amassou daqui até o final do seu mandato. E que terá que buscar fora do estado apoio para poder continuar governando.
Outro político que ousou enfrentar Sarney, o já falecido Jackson Lago (PDT), ganhou a eleição de Roseana mais foi cassado durante o governo para que ela pudesse assumir.
Quem achava que o velho Ribamar Ferreira de Araújo Costa era carta fora do baralho, enganou-se. Ele está de novo no comando. E da PF. O que não é pouca coisa para quem é especialista em fazer política da forma mais heterodoxa possível.
Foto: Agência Senado/Fotos Públicas
C/ Revista Fórum

Picciani e seus amigos do PMDB voltam para a cadeia após nova ordem de prisão

Eles já tinham sido presos na semana passada por conta do esquema de propina com empresas de ônibus do Rio de Janeiro que teriam participado, mas decisão havia sido revertida pela Alerj
Por Redação*
Os deputados estaduais Edson Albertassi, Paulo Melo e Jorge Picciani – todos do PMDB – se apresentaram à Polícia Federal (PF) no final da tarde desta terça-feira (21) após nova ordem de prisão expedida pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Eles retornarão para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica.
Os peemedebistas chegaram a ficar uma noite presos na última quinta-feira (16), por ordem do TRF2, no âmbito da Operação Cadeia Velha. Eles são acusados de recebimento de propinas para favorecer empresas de ônibus do Rio de Janeiro.  Os três tiveram bloqueados R$ 270 milhões.
Na decisão desta terça-feira, os desembargadores do TRF consideraram que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) “extrapolou suas competências constitucionais” ao ordenar a libertação dos três parlamentares após votação na última sexta-feira (17).
O advogado Nélio Machado, que defende Picciani, considerou a decisão do TRF2 “ilegal, inconstitucional e infeliz”. Ele disse que irá recorrer à instância superior.
A defesa de Albertassi se manifestou em nota. “O deputado Edson Albertassi já se apresentou à Polícia Federal para cumprir a determinação do TRF. Edson Albertassi confia na Justiça e estará sempre à disposição para esclarecer os fatos.”
Paulo Melo também se manifestou em nota. “Mais uma vez vejo como injusta a decisão do Tribunal Regional Federal. Não cometi nenhum crime e tenho o máximo de interesse na rápida apuração dos fatos.”
*Com Agência Brasil
Revista Fórum

Política - PSDB - Na disputa interna do PSDB não sobra pena sobre pena

Tasso e Aécio
Os tucanos parecem desorientados em meio à fratricida disputa interna - 
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Chocado com o espetáculo do fisiologismo político e da corrupção impune”, como dizia o seu manifesto de fundação, o PSDB nasceu de uma dissidência do PMDB de Ulysses Guimarães em 1988. Passados 29 anos, a criatura ameaça implodir pelos mesmos vícios de seu criador, um incômodo aliado de ocasião.
O pedido de exoneração do ministro das Cidades, Bruno Araújo, apenas expôs os demais auxiliares tucanos de Michel Temer, dispostos a retardar o desembarque do governo mais impopular desde o fim da ditadura.
Após o esforço para domar o ambicioso prefeito João Doria, sempre de olho no trono reservado ao padrinho, o governador paulista Geraldo Alckmin agora opera para evitar que a disputa pelo comando da legenda acabe por provocar uma verdadeira cisão e prejudicar a sua candidatura à Presidência da República em 2018.

Na carta de demissão, repleta de elogios à gestão de Temer e entregue na segunda-feira 13, Araújo credita ao PSDB a decisão de sair do governo. “Agradeço a confiança do meu partido, no qual exerci toda a minha vida pública, e já não há mais nele apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa”, afirmou.

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O gesto do ex-ministro, a reassumir o mandato de deputado federal por Pernambuco, surpreendeu a cúpula tucana. O presidente interino da legenda, Alberto Goldman, e outros integrantes da executiva nacional não foram informados previamente. Em Roma, o chanceler Aloysio Nunes Ferreira irritou-se com as perguntas de repórteres sobre a sua permanência no governo após a saída de Araújo: “Cada um sabe de si”.
Em Washington, para receber uma homenagem de um centro de estudos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se fez de desentendido. “Que ministro saiu? Vocês estão me falando agora”, despistou. Na mesma ocasião, negou costurar um acordo para evitar a realização das prévias tucanas. “O PSDB não tem caudilhos. Não tem uma pessoa que impõe sua vontade”, afirmou à emissora NTN24, rede internacional de notícias.

O racha aprofundou-se após o senador Aécio Neves intervir no comando do partido. Presidente eleito do PSDB e afastado do cargo desde maio, Aécio reassumiu apenas para destituir o interino Tasso Jereissati, em 9 de novembro, e entregar a chefia da sigla ao vice-presidente Alberto Goldman.

Oficialmente, o motivo seria a “desejável isonomia” entre os candidatos que disputarão a presidência da sigla na convenção nacional do PSDB, prevista para dezembro. Tasso é candidato, assim como o governador de Goiás, Marconi Perillo. Por trás da manobra, admitem parlamentares tucanos em conversas reservadas, há uma evidente retaliação.
O racha atrapalha os planos de Alckmin (Foto: Moreira Mariz/Agência Senado)
Aécio foi um importante aliado de Temer nas votações das duas denúncias contra o peemedebista na Câmara e, em contrapartida, recebeu apoio da base governista na sessão que devolveu seu mandato. Não sentiu a mesma solidariedade da cúpula tucana. Um dia após a vitória no Senado, Tasso pediu a renúncia definitiva de Aécio da presidência do PSDB: “Ele não tem condições”.

Recordista de inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal após as delações de executivos da Odebrecht, Aécio relutava em aceitar o desembarque do PSDB do governo Temer. Dois dias após destituir Tasso, que há tempos defende a debandada tucana, admitiu essa possibilidade, mas sem um ruidoso rompimento.

“Vamos sair do governo pela porta da frente, da mesma forma que entramos”, afirmou na ocasião. Embora não tenha a menor condição de pleitear a indicação do partido para voltar a concorrer à Presidência da República, Aécio ainda exerce influência sobre uma expressiva parcela de parlamentares tucanos, e pretende disputar o governo de Minas Gerais ou a reeleição ao Senado. Com um declarado desafeto no comando do PSDB, o projeto do mineiro fica ameaçado.

Ter influência sobre a máquina partidária é estratégico. Após a proibição das doações empresariais de campanha e o temor dos empresários de investir em candidatos após o tsunami provocado pela Lava Jato, a principal fonte de receita será o recém-criado fundo eleitoral. O PSDB receberá o terceiro maior volume de recursos, atrás apenas de PMDB e PT. Os postulantes a vagas no Parlamento precisam contar com a boa vontade da cúpula partidária, responsáveis pela partilha das verbas.

Além do chanceler Aloysio Nunes, o PSDB mantém outros dois ministros: Antônio Imbassahy, hoje titular da Secretaria de Governo, e Luislinda Valois, dos Direitos Humanos. O Ministério das Cidades, até há pouco nas mãos de Bruno Araújo, era o mais cobiçado, por ser um dos recordistas em liberação de emendas parlamentares, recursos destinados a benfeitorias propostas por deputados e senadores, algo de valor inestimável em ano eleitoral.
Daí a relutância tucana em entregar tão cedo os postos em um governo aprovado por míseros 3% dos brasileiros, segundo o Ibope. Ademais, o tardio movimento pode ser inútil. Se o PSDB acredita que os eleitores vão se esquecer da sua colaboração na gestão Temer, os seus adversários se encarregarão de refrescar a memória deles, advertiu, em recente artigo, o economista e ex-ministro Maílson da Nobrega.

Araújo antecipou, porém, uma situação inevitável. Há tempos outros partidos da base, sobretudo os do chamado “Centrão”, eufemismo para o baixo clero, pleiteiam mais espaço no governo. A cobiça sobre as pastas comandadas por tucanos cresceu após pouco mais da metade dos deputados do PSDB trair Temer na votação da segunda denúncia contra o peemedebista. “Para salvar 22 votos do PSDB, Temer vai perder 200”, ameaçou o deputado Benito Gama, do PTB, no início de novembro.

Embora negue publicamente ser o mentor da tese, FHC tem costurado um acordo para Alckmin ser aclamado presidente do PSDB em chapa única, uma forma de conter a disputa fratricida. Não está fácil convencer os correligionários.

'Cada um sabe de si', diz Nunes Ferreira, sobre a demissão do ministro das Cidades (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
“Se a lógica para tirar o Tasso foi que ele era candidato a presidir o PSDB, por uma questão de isonomia, então o Alckmin não pode presidir o partido e ser ao mesmo tempo candidato na prévia”, afirmou o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, em entrevista ao jornal Valor. Ele próprio postulante ao cargo, Virgílio Neto rejeita um acordo de cúpula. “Eu estou, o Doria pode estar. Não vou desistir e a disputa tem de ser em condições de igualdade.”

Secretário-geral do PSDB, o deputado federal Silvio Torres diz confiar na construção de um acordo antes de 9 de dezembro, data da convenção nacional do partido. As negociações para a formação de uma chapa única acabaram prejudicadas pelo feriado da Proclamação da República, que resultou em uma semana de recesso branco no Congresso, e pela viagem de Jereissati a Boston, nos Estados Unidos. A comissão eleitoral do partido, com representantes dos candidatos à presidência do PSDB, deve se reunir apenas na próxima terça-feira 21.

“Particularmente, concordo com uma proposta de Alckmin, de um sistema de rodízio. No primeiro ano, ficaria o Tasso, que não vai disputar eleições em 2018. Depois, assumiria o Perillo, que deve se candidatar ao Senado”, afirmou a CartaCapital.

“Tasso sinalizou que toparia, mas o Perillo não gostou muito da ideia. A partir de agora, quando os resultados das convenções estaduais serão conhecidos, todo mundo pode medir as próprias forças e decidir, mas ainda estou confiante em um acordo.”
Torres minimiza, ainda, as divergências relacionadas ao desembarque do PSDB do governo Temer.

“A decisão de sair do governo tornou-se consensual. Tasso fala disso há muito tempo, Perillo também se manifestou a favor e, há poucos dias, o Aécio disse o mesmo. O que se discutia era o melhor momento”, afirma o parlamentar tucano. “Poderia ser uma decisão da própria convenção nacional. Deixaríamos o governo antes da virada do ano. A saída do Bruno precipitou um pouco o debate, e o próprio governo parece um tanto confuso sobre o que fazer.”
Bruno Araújo deixou o governo antes dos demais tucanos (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Além de se preocupar com o racha no partido, Alckmin enfrenta uma rebelião em sua própria base na Assembleia Legislativa de São Paulo. Ao apresentar um projeto para aumentar a gratificação especial e readequar a remuneração de 113 procuradores do estado, medidas responsáveis por um custo adicional de 4,5 milhões de reais por ano, os governistas ficaram enfurecidos. Apesar do pequeno impacto orçamentário, diversas categorias do funcionalismo estão com reajustes represados.
Não bastasse, Alckmin acabou de encaminhar uma proposta que prevê o congelamento dos gastos públicos, incluindo a folha de pagamento, por dois anos. “O envio desses projetos para Casa, com todo respeito, foi a maior burrice que eu já vi na minha vida. Um verdadeiro tapa na cara de quem já está sofrendo”, bradou, no fim de outubro, o deputado estadual Barros Munhoz, líder do governo, durante uma audiência pública na Alesp.

Há tempos, a base de Alckmin queixa-se da “seca das emendas parlamentares”. De 2014 a 2016, os repasses da Casa Civil para municípios por indicação de deputados estaduais despencou de 227,6 milhões de reais para 39,95 milhões, queda de 82%. A pasta tem feito, porém, repasses diretamente às cidades, sem a mediação dos parlamentares. Do início do ano até outubro, o governo estadual celebrou 1.128 convênios com prefeituras, no valor total de 162,3 milhões de reais.

Em conversas reservadas, parlamentares tucanos não escondem o descontentamento. Um deles suspeita que o governo esteja favorecendo prefeitos com ambição de se candidatarem a deputado estadual. “O governador trata a Assembleia como se fosse o quintal da casa dele, como se ali tivesse um monte de office boys, e não pessoas eleitas com prerrogativas”, emenda Feliciano Filho, do PSC, partido que abandonou a base de Alckmin neste ano, assim como o PRB.

“O desabafo do Munhoz representa a insatisfação de todos. O governador precisa discutir os projetos, e não enfiar goela abaixo. É um estilo ruim para quem quer chegar à Presidência.”
Fonte: CARTA CAPITAL

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Diversidade - Racismo - O pecado da discriminação racial

O pecado da discriminação racial
Foto: Pixabay
Quem tem preconceito desrespeita primeiramente a Deus.
Uma mulher negra empregada na casa de uma família de cor branca havia levado a sua filha de 10 anos para o trabalho. Perguntei à menina, que brincava enquanto a mãe trabalhava, se ela queria ser branca também. A criança olhou para mim, sacudiu os ombros e respondeu: “Por que eu ia querer ser branca? Eles têm a cor da sola dos nossos pés.”
O que esta frase significa para vocês?
Entendi o seguinte, de acordo com a reação da criança: a discriminação e o desprezo, de propósito ou sem querer, chegaram ao ponto de deixar a criança cheia de rancor. Ela comparou os brancos à sola dos seus pés em vez da palma das mãos, que também é branca. Revelou a vontade de pisar naqueles que cometeram atos de discriminação e desprezo.

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Quem sabe que tipo de perguntas ela fez aos pais desde pequena até chegar a este ponto? O subconsciente dela está cheio de sentimentos ruins.
Quem iria querer pagar a conta de algo que nunca fez?
Deus criou aqueles que nascem ao sul do Saara como negros. Outros foram criados na cor branca. E os asiáticos foram criados na cor amarela. Quem sabe os motivos de Deus para nos criar em diversas cores? Portanto, discriminar pela cor da pele é desrespeito, principalmente, para com Deus.
Os crentes devem ser os primeiros a se manifestar contra a discriminação. Tal atitude é uma demonstração de respeito para com Deus.
Deus, glorificado e exaltado seja, diz: “E entre os Seus sinais está a criação dos céus e da terra, e a diversidade de vossas línguas e cores. Certamente nisto há sinais de fato para aqueles que têm conhecimento (dos fatos da criação, e que são livres de preconceitos).” (Alcorão, 30:22)
Neste caso, os estudos sobre a diversidade das cores de pele devem ser realizados, assim como os estudos da criação do céu e da terra, e os estudos sobre as línguas.
O profeta Muhammad (que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele) nomeou Bilal al-Habashi, negro e escravo, para uma função muito especial. Al-Habashi tornou-se muazzin, que faz chamadas para a oração cinco vezes ao dia.
O profeta expressou e realizou muitas coisas, que naquela época pareciam ser impossíveis até de imaginar. Ele disse o seguinte em uma tribo, como coraixitas, que se consideravam os mais nobres dos árabes: Um negro pode ser nomeado para a governança de vocês. Devem aceitá-lo e obedecê-lo.
Há uma grande papel a ser desempenhado pela educação presencial e cursos como EJA (educação de jovens e adultos) no combate à discriminação. Não se deve admitir a expressão de preconceito, direta ou indiretamente, nem mesmo em meios familiares, além das escolas e locais públicos.
Famosos como o jornalista William Waack, em especial, devem ter pensamentos e discursos muito claros contra qualquer tipo de discriminação. Pois são os exemplos e modelos na sociedade, sempre imitados por muitos.
Tradução: Atilla Kus. Revisão: Gabriel Ribeiro e Mustaf Goktepe.
Fonte: CARTA CAPITAL

Política - Estancando a sangria Procuradores criticam diretor da PF após "defesa" de Temer

Fernando Segóvia e Michel Temer
Segóvia e Temer: aliados? - Foto: Marcos Corrêa/PR
Em entrevista, o homem nomeado por Temer coloca em dúvida a investigação contra o presidente. E Janot insinua que ele age em nome do peemedebista.
Apadrinhado do ex-presidente José Sarney e de outros integrantes da cúpula do PMDB, o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, assumiu o cargo em meio a especulações sobre sua independência. Com tantos caciques do PMDB alvos na Operação Lava Jato e em seus desdobramentos, havia preocupação sobre uma tentativa de "estancar a sangria" das investigações. Na segunda-feira 20, em sua primeira entrevista coletiva, Segovia reforçou os temores e saiu em defesa de Michel Temer, o responsável por sua nomeação.
"A gente acredita que, se fosse pela égide da PF, essa investigação teria que durar mais tempo, porque uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime, quem seriam os partícipes e se haveria ou não corrupção", afirmou Segovia. Para Segóvia, o papel de Temer no crime apontado pela PGR "é um ponto de interrogação que está no imaginário popular". Essa questão "poderia ter sido respondida se a investigação tivesse durado mais tempo", opinou.
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Seus comentários constituem uma crítica à Procuradoria-Geral da República (PGR), que denunciou Temer por corrupção, organização criminosa e obstrução da justiça. A denúncia por corrupção tinha como pivô o ex-assessor de Temer no Planalto Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). 
Nas 60 páginas da denúncia por corrupção passiva que apresentou ao Supremo Tribunal Federal contra Temer, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, buscou conectar dois conjuntos de fatos para provar a culpa do presidente. 
O primeiro envolvia a negociação de uma propina semanal feita entre representantes do grupo J&F, de Joesley Batista, e Rocha Loures. O segundo conjunto compõe o estreito relacionamento entre Loures e Temer. Para Janot, há evidências de que, ao pedir e receber propina, Loures estava atuando em nome de Temer.
A prova mais cabal contra Rocha Loures é a mala com 500 mil reais de propina que ele recebeu de Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais do grupo J&F, em um encontro entre os dois em 28 de abril deste ano, em São Paulo. Todo o encontro foi acompanhado, fotografado e filmado pela Polícia Federal em uma "ação controlada" autorizada pela Justiça. Há registro em vídeo de Rocha Loures correndo com a mala de dinheiro em direção a um táxi que o aguardava nas proximidades da pizzaria. Tanto a ação da PF quanto o depoimento do motorista de táxi confirmam que Rocha Loures entrou no restaurante sem bagagem e saiu de lá com a mala.
Pau mandado
Não tardou para que procuradores reagissem às declarações de Segóvia. Rodrigo Janot foi enfático. "O doutor Segovia precisa estudar um pouquinho direito processual penal. Nós tínhamos réus presos. Em havendo réu preso – se ele não sabe disso é preciso dar uma estudadinha –, o inquérito tem que ser encerrado num prazo curto, e a denúncia, oferecida, senão o réu será solto. Então, nós tínhamos esse limitador", disse Janot à Folha de S.Paulo.

"Não era um preso qualquer, era um deputado federal [Rocha Loures] que andou com uma mala de 500 mil reais em São Paulo, depois consigna a mala [devolve à polícia]. Faltava 7% do dinheiro, ele faz um depósito bancário para complementar o que faltava e o doutor Segovia vem dizer que isso aí é muito pouco? Para ele, então, a corrupção tem que ser muita, para ele 500 mil reais é muito pouco. É estarrecedor."
Janot acrescentou ainda que as denúncias da PGR contra Temer foram baseadas também em inquéritos e relatórios elaborados pela Polícia Federal, e que Segovia agora estaria "negando" o trabalho de seus colegas. E insinuou que o diretor da PF não tem independência. "A pergunta que não quer calar é: ele se inteirou disso ou ele está falando por ordem de alguém?", questionou o ex-PGR. "Esse moço se acha acima de todas as instituições, e ele é só diretor da Polícia Federal, uma instituição respeitadíssima, mas vinculada hierarquicamente ao ministro da Justiça e ao presidente da República, que, aliás, estava na posse dele. Nunca vi um presidente da República ir à posse de um diretor-geral", disse Janot.
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Pelo Facebook, outro procurador de destaque da Lava Jato se manifestou. Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da operação em Curitiba, disse que a opinião de Segóvia é irrelevante "ainda mais quando dada em plena coletiva após a posse que lhe foi dada pelo próprio denunciado". A publicação foi elogiada por outros integrantes do Ministério Público Federal. 
Carlos Fernando Dos Santos Lima
Há 16 horas
COMEÇOU BEM!
1. Não cabe ao Diretor Geral da Polícia Federal falar sobre investigações, pois não é responsável pelas elas, mas apenas o chefe administrativo da instituição.
2. Não cabe à Polícia Federal falar sobre denúncias realizadas, pois a opinio delicti é exclusiva do Ministério Público.
3. Sua opinião pessoal é totalmente desnecessária e sem relevância, ainda mais quando dada em plena coletiva após a posse que lhe foi dada pelo próprio denunciado.
O novo diretor da Polícia Federal, Fernando Segovia, criticou nesta segunda-feira (20) a investigação da PGR (Procuradoria-Geral da República), então coman...
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No Twitter, Helio Telho, procurador do MPF em Goiás, afirmou que Segóvia atua como "advogado de defesa de Temer".

Na mesma rede social, Vladimir Aras, procurador do MPF em Brasília ironizou as declarações de Segóvia.